Da Redação da 98FM
Mesmo após receber do ministro das Comunicações, Fábio Faria, um apelo para que evitasse fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), pré-candidato a governador do Rio Grande do Norte nas eleições de 2022, voltou a subir o tom contra o presidente da República e as ações do Governo Federal.
Em entrevista nesta terça-feira (31) a uma rádio de Martins, na região Oeste Potiguar, o ex-prefeito condenou a forma como o presidente encarou a pandemia da Covid-19 no início da crise e chegou a falar, citando as investigações da CPI da Pandemia no Senado, que houve “corrupção” dentro da gestão federal durante o processo de aquisição de vacinas contra o coronavírus.
“O presidente e o Governo Federal não agiram com competência nem responsabilidade. O presidente sempre negou a doença, não andava de máscara, causava aquelas pessoas… Chegou a falar até mal da vacina, dizendo que o homem que tomasse a vacina ia falar fino, ia virar jacaré, a mulher ia criar barba. O presidente não agiu com responsabilidade e eficiência”, afirmou o ex-prefeito da capital potiguar.
Carlos Eduardo disse que se sente no dever de fazer a crítica ao governo Bolsonaro. “A gente tem que fazer essa crítica, mas que fique registrado: não vamos ficar presos ao passado. Embora ninguém vá esquecer isso”, enfatizou.
O ex-prefeito de Natal registrou que o Governo Federal “atrasou” a compra de vacinas contra a Covid-19, em referência às longas negociações que o Ministério da Saúde travou especialmente com a Pfizer e o Instituto Butantan, fabricantes de dois imunizantes em uso no Brasil.
Além disso, Carlos Eduardo citou investigações da CPI da Pandemia no Senado, que apura se um diretor do Ministério da Saúde (Roberto Dias, de Logística) cobrou propina para dar andamento a uma negociação de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19. Depoimentos não foram conclusivos sobre o assunto.
“Outra deficiência foi a corrupção, que está sendo levantada pela CPI. Infelizmente, houve essas dificuldades que a gente está vendo. Não esperava que (…) estava se cobrando propina na compra de vacinas no Ministério da Saúde. Então, é inaceitável”, acrescentou.
Carlos Eduardo fez uma defesa da vacinação contra a Covid-19.
“Agora, vamos para a frente. Vamos vacinar. Se o ouvinte tá me ouvindo, não deixe de se vacinar. O Brasil chegou a 30% de vacinação. Só quando chegar com 80% do povo brasileiro vacinado, é que a gente terá controlado o vírus”, finalizou.
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