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Resumo do dia na Paralimpíada: Brasil ganha mais medalhas no atletismo, taekwondo e natação

Talisson Glock comemora após conquistar medalha de ouro na Paralimpíada Foto: Charly Triballeau / AFP

O Brasil teve mais um dia positivo nas pistas e nas piscinas: no atletismo, foram mais três medalhas, uma de cada tipo, com o ouro de Alessandro Rodrigo, a prata de Marivana Oliveira e o bronze de Mateus Evangelista, e teve vários momentos fofos nas pistas. Na natação, Talisson Glock superou o favorito Antonio Fantin e levou o ouro, enquanto Gabriel Araújo, por sua vez, confirmou o favoritismo e faturou o segundo ouro em Tóquio. Na estreia do taekwondo, Nathan Torquato conquistou a primeira medalha do Brasil, e foi logo o ouro.

O dia também foi repleto de semifinais nos esportes coletivos: a seleção masculina de goalball se classificou, enquanto a feminina perdeu nos pênaltis; no futebol de cinco, o Brasil avançou e no vôlei sentado masculino, foi derrotado pela Rússia.

ATLETISMO
Alessandro Rodrigo se tornou bicampeão paralímpico no lançamento de disco da classe F11 (cegos). Na prova na qual é recordista mundial, ele quebrou a própria marca, estabeleceu o novo recorde paralímpico e assegurou o lugar mais alto do pódio, com 43,16m. No arremesso de peso F35 (atletas com paralisia cerebral, que conseguem andar), Marivana Oliveira conseguiu a marca de 9,15m e ficou com a prata. No salto em distância F37 (mesma coisa do F35, mas com comprometimento físico-motor menor), Mateus Evangelista saltou para 6.5m, sua melhor marca da temporada, e levou o bronze.

O esporte não feito só de competições, e o atletismo teve um lado fofo: após conquistar medalha, Mateus Evangelista mostrou a bandeira do Brasil e uma roupinha de bebê, como homenagem a Luca, filho recém-nascido; Lorena Spoladore correu a bateria dos 200m rasos T11 com uma venda feita a partir do vestido em que se casou e se classificou para a semifinal (Jerusa Geber e Thalita Simplício também se classificaram). Já a atleta de Cabo Verde Keula Nidreia Semedo foi pedida em casamento pelo guia, Manuel Antônio da Veiga após a semifinal dos 200m rasos T11, e disse sim (eles não avançaram para a final, mas isso é detalhe).

Atleta de Cabo Verde Keula Nidreia Semedo foi pedida em casamento pelo guia, Manuel Antônio da Veiga, após disputa de prova na Paralimpíada
Keula Nidreia Semedo, de Cabo Verde foi pedida em casamento pelo guia, Manuel Antônio da Veiga, após disputa de prova na Paralimpíada Foto: Athit Perawongmetha / Reuters

NATAÇÃO
Os nadadores do Brasil seguiram fazendo bonito nas piscinas, com mais dois ouros: Talisson Glock venceu a prova dos 400m livre da classe S6 (atletas com amputação ou problemas motores de um lado do corpo), superando o favorito e campeão mundial Antonio Fantin, que ficou com a prata. Já Gabriel Araújo dominou a prova dos 50m costas da classe S2(atletas com braços, pernas ou tronco limitados) e levou o ouro com quatro segundos de vantagem para o segundo colocado.

TAEKWONDO
Nathan Torquato avançou para a final da categoria até 61kg da classe K44 (atletas com limitações de apenas um lado do corpo, na perna ou braço) após derrotar Parfait Hakizimana, atleta de Burundi que compete pelo time de refugiados, Mitsuya Tanaka, do Japão, e Antonino Bossolo, da Itália.

A luta final acabou não acontecendo: na outra semi, o russo Daniil Sidorov acertou um golpe irregular no rosto do egípcio Mohamed Elzayat e foi desclassificado; Elzayat foi retirado de maca e levado para o hospital – até tentou voltar para a decisão, mas não tinha condições e acabou ficando com a prata, enquanto o brasileiro foi declarado campeão e levou o ouro.

FUTEBOL DE CINCO
O Brasil continua em busca da quinta medalha de ouro em Paralimpíadas no esporte. Único campeão paralímpico até hoje, o Brasil bateu Marrocos por 1 a 0 com gol contra de Berka. A final será contra a Argentina.

GOALBALL
A seleção masculina conseguiu uma grande vitória contra a Lituânia na semifinal e avançou para enfrentar a China na final. Após um primeiro tempo equilibrado, com placar igual em 2 a 2, os brasileiros conseguiram abrir vantagem de quatro gols no começo da segunda etapa e triunfou por 9 a 3.

No feminino, em um jogo bastante equilibrado, o Brasil abriu 2 a 0 contra os Estados Unidos no primeiro tempo, e acabou sofrendo o empate na etapa final, faltando poucos segundos para acabar. A prorrogação não teve gols e, nos pênaltis, os Estados Unidos triunfou, convertendo três de cinco, enquanto o Brasil desperdiçou quatro de seis. A disputa da medalha de bronze será contra o Japão.

VÔLEI SENTADO
A seleção masculina jogou contra o Comitê Paralímpico Russo na semifinal, e acabou derrotado por 3 sets a 1. O Brasil começou bem e venceu o primeiro set por 25 a 22, mas os russos passaram a dominar desde então e venceram os outros três sets por 25 a 21, 25 a 19 e 25 a 19. A disputa do terceiro lugar será contra Bósnia ou Irã.

TIRO COM ARCO
Fabíola Dergovics fez uma boa campanha: estreou com vitória por 6 a 4 sobre a norte-americana Emma Rose Ravisk no tiro com arco recurvo individual, e na sequência venceu Phattharaphon Pattawaeo, da Tailândia, por 7 a 1. Nas quartas de final da classe W2, que reúne atletas com deficiência nas pernas e usam cadeira de rodas ou que possuem deficiência de equilíbrio e atiram em pé ou com auxílio de um apoio, a brasileira enfrentou a iraniana Zahra Nemati, atual bicampeã mundial e favorita ao tri, e foi eliminada por 7 a 1.

BOCHA
O dia no esporte começou mal, com três derrotas na fase de grupos por equipes, mas depois se igualou com três vitórias. Na BC1/BC2, a equipe brasileira perdeu por 9 a 2; na BC4, por 7 a 3 para a Eslováquia e por 6 a 4 para a Grã-Bretanha. Então, na BC3, os brasileiros derrotaram Portugal por 7 a 3, se recuperou na BC1/BC2 ao bater a Eslováquia por 5 a 4 e na BC4 ao vencer o Canadá por 4 a 3.

CANOAGEM
Todos os brasileiros conseguiram vaga na semifinal de suas disputas: Luis Carlos Cardoso no caiaque simples 200m KL1, Débora Benavides no va’a simples 200m VL2, Paulo Rufino no caiaqu simples 200m KL2, Caio Ribeiro no caiaque simples 200m KL3 (Caio Ribeiro), Giovane Vieira no caiaque simples 200m KL3 e Mari Christina Santilli no caiaque simples 200m KL3.

Fonte: Estadão


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