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No radar da OMS: entenda melhor a variante Mu do coronavírus

Para ser uma variante de preocupação, a cepa precisa estar diretamente ligada a um aumento no número de casos ou mortes. Foto: AFP

A transmissão desenfreada do coronavírus acrescenta um elemento mais dramático à pandemia do coronavírus: o surgimento de cepas cada vez mais infecciosas. Uma das últimas a entrar no radar da Organização Mundial de Saúde (OMS) é a variante Mu, identificada pela primeira vez na Colômbia.

Abaixo, confira as principais informações sobre a variante Mu.

A Mu é mais perigosa que outras variantes, como a Delta?
Por enquanto, a Mu é apenas uma variante de interesse (VOI), assim como a Lambda, identificada inicialmente no Peru. Nem todas as mutações do coronavírus ganham a atenção das autoridades internacionais de saúde. Isso só acontece quando a nova cepa é mais perigosa que as anteriores, seja por ser mais transmissível ou mais letal. Nesses casos, ela é classificada como uma variante de preocupação (VOC), como a Beta, a Gama e a Delta.

Para ser uma variante de preocupação, a cepa precisa estar diretamente ligada a um aumento no número de casos ou mortes. A Mu, antes conhecida como B.1.621, carrega mutações importantes e com potencial para isso, seja por estarem associadas a uma maior transmissibilidade e redução na resposta imunológica ou, como é o caso da D614G, também identificada nas variantes Beta, Gama e Delta.

A variante Mu é resistente a vacinas?
Ainda não há um estudo sobre a eficácia de imunizantes específicos contra a Mu, mas ela carrega pelo menos três mutações (E484K, N501Y e D614G) que estão associadas à redução da proteção de imunidade conferida pelas vacinas.

Em um relatório sobre variantes, a OMS frisa que apenas uma nova geração de vacinas, que bloqueiem também as transmissões da covid, será capaz de impedir que novas mutações continuem a surgir.

Qual a situação da variante Mu no mundo?
Um boletim divulgado recentemente pela OMS mostra que a Mu causou alguns surtos maiores na América do Sul e na Europa. Embora tenha aparecido em apenas 0,1% dos sequenciamentos feitos no mundo todo, a Mu representa 39% das cepas sequenciadas na Colômbia e 13% no Equador, lugares onde sua prevalência “aumentou consistentemente”, segundo a OMS.

Nos Estados Unidos, ela ainda é monitorada, mas o Departamento de Saúde já disse que não a classifica como uma ameaça imediata.

Qual a situação da variante Mu no Brasil?
No Brasil, a variante foi identificada em julho durante a Copa América. As amostras foram colhidas em Mato Grosso e analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Os testes positivos foram de um colombiano e um equatoriano.

Fonte: Estadão


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