Da Redação da 98 FM
A licitação do transporte público de Natal, aguardada há quase 20 anos, deve ser lançada até o fim de 2021 pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU). A nova promessa foi feita nesta terça-feira (14) pelo secretário da pasta, Paulo César Medeiros, em entrevista à rádio 98 FM.
De acordo com o secretário, o edital da licitação será publicado logo após a entrada em vigor do novo desenho de linhas do transporte da capital potiguar. Nesta semana, em audiência na Câmara Municipal, a STTU apresentou uma proposta de mudanças na formatação dos itinerários. Agora, segundo Paulo César, ela será validada e possivelmente aprimorada através de reuniões nos bairros com a comunidade.
A proposta da STTU é encurtar o tempo de viagem dos usuários e o tamanho dos itinerários das linhas, acabando com sobreposições de rotas. Dessa forma, espera-se que sejam diminuídos os custos operacionais para as empresas – o que permitiria a manutenção da tarifa no patamar atual, mas com melhoria da prestação do serviço.
Segundo o secretário Paulo César, o novo desenho de linhas deve começar a ser implementado até outubro. Com as novas rotas funcionando, espera-se que as empresas de ônibus que têm permissão para operar atualmente recuperem o prejuízo e, assim, tenham mais interesse em participar da licitação que será aberta no fim do ano.
Vai ser a terceira tentativa da STTU de realizar a licitação. Nas últimas duas vezes, o edital foi publicado, mas nenhuma empresa se interessou para prestar o serviço. Para a nova licitação, algumas das exigências que estavam previstas nos editais anteriores (como ônibus com ar condicionado) serão retiradas, o que aumenta o interesse das empresas.
“A população quer que exista ônibus e que passe com uma frequência razoável. A previsibilidade é uma coisa muito importante”, disse o secretário, falando sobre as exigências que ele considera exageradas que estavam previstas nos editais anteriores – colocados no texto por imposição legal.
O chefe da STTU destacou, porém, que a retirada das exigências não é a única condição para que a licitação seja bem-sucedida. Ele afirma que, antes de publicar o edital, é necessário mudar o sistema de linhas para tornar o sistema mais racional e menos dispendioso para as empresas – que alegam prejuízo e pedem reajuste de tarifa ou subsídios.
“Se a gente lançasse a licitação hoje, o que provavelmente aconteceria? Provavelmente seria deserta. A gente precisa dizer que novo edital é este e dizer aos operadores como vai funcionar. A gente acha que (com a mudança) os operadores vão começar a se interessar pelo sistema, na hora que entender que ele é muito mais racional. A operação fica melhor. O passo anterior à licitação é o redesenho. A gente quer a partir de outubro começar a implementar. Não será implementado de uma vez. Até o fim do ano a gente espera lançar o edital da licitação”, acrescentou.
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