Com os R$ 17,7 milhões liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, será licitada no próximo mês de novembro, com previsão de que seja entregue em até três anos, incluindo mais 1 km de enrocamento. A previsão foi dada pelo prefeito Álvaro Dias e pelo Secretário Municipal de Obras (Semov), Carlson Gomes, nesta segunda-feira (27), ao apresentarem o projeto básico da obra junto ao ministro do MDR, Rogério Marinho, que, na ocasião, assinou o termo de empenho no valor de R$ 17,7 milhões necessários para o projeto ser executado.
O prefeito Álvaro Dias garantiu que a licitação para escolha da empresa responsável pelos trabalhos vai ocorrer no próximo dia 15 de novembro. “Licitando no dia 15, no dia 16 novembro a obra já pode começar. É realmente uma das obras mais importantes da cidade de Natal, tendo em vista que nossa principal fonte econômica é o turismo. Então, aumentando a faixa de areia da praia, vai dar outra fisionomia para a praia”, disse ele.
Desde 2012 a obra vem sendo discutida pela Prefeitura para resolver o problema que a força das ondas passou a provocar derrubando constantemente o calçadão. Problemas técnicos e orçamentário impediam a consolidação do projeto, cujo investimento é de R$ 75,1 milhões. “O calçadão é frequentemente destruído e isso vai acabar. Teremos uma faixa de areia para que as pessoas possam usufruir de forma tranqüila e termos nosso cartão postal preservado”, destacou o prefeito.
Segundo o secretário de Obras, Carlson Gomes, primeiro será concluído o enrocamento, que é a implantação de blocos de pedra formando uma barreira que funcione como quebra-mar impedindo a erosão do calçadão. A praia já tem 2 quilômetros de enrocamento, segundo ele. “Vamos construir mais 1.173 metros, que vão desde o final do calçadão até após o hotel Serhs. Mudamos o objeto para usarmos uma tecnologia de bloco, que evita os problemas casuais com limpeza e acessibilidade”, explicou o secretário. Ao longo do percurso serão instaladas 7 escadas, 4 rampas de acesso e 23 dissipadores de energia, para desconcentrar a força da água.
Já a engorda, que é o alargamento da faixa de areia, deverá mudar mais ainda a imagem do principal cartão postal de Natal. O trabalho de dragagem vai escavar areia do mar a 8 quilômetros da praia de Areia Preta e transportar esse material para a margem de Ponta Negra. “Os estudos apontaram que temos um bloco de areia com 6 milhões e 700 metros cúbicos de areia com a mesma granulação da que temos em Ponta Negra. Vamos retirar 1 milhão e 100 metros cúbicos de lá. Isso equivale a mais de 80 mil caçambas ou uma arena das dunas cheia de areia, espalhando do Morro do Careca ao Hotel Serhs”, comparou Carlson Gomes.
A expectativa é de que a engorda transforme a paisagem da praia e permita que os banhistas possam utilizá-la durante todo o dia. Ao final, a praia terá uma faixa de 100 metros em maré baixa e 30 metros com a maré cheia. “Com a chegada do restante de recursos, a engorda com parte de drenagem deverá ser licitada. Todos os estudos referentes ao enrocamento e parte da engorda já foram concluídos. Falta apenas o EVTEA, que só pode ser concedida após começar a proteção costeira”, explicou.
O EVTEA é o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, que apura os índices de viabilidade, verificando se os benefícios estimados justificam os custos com os projetos e execução das obras previstas.
Incentivo ao turismo
Após a assinatura do termo de empenho dos recursos, o ministro Rogério Marinho enfatizou o potencial impacto que as obras em Ponta Negra poderão levar para o estado. A expectativa dele é de que a obra de engorda recupere a orla de Ponta Negra.
“É a oportunidade de fazer toda uma recuperação da orla. Aportamos R$ 52,9 milhões no ano passado e na semana passada, finalmente, tivemos condição de resgatar finalmente o projeto e aportar os R$ 17,7 milhões remanescente. Estamos discutindo a possibilidade de um aporte de mais R$ 3 ou R$ 4 milhões, mas já há o suficiente para o prefeito licitar a obra”, explicou o ministro.
Ele destacou ainda que as intervenções devem fomentar o turismo na capital potiguar e dar mais segurança à encosta da faixa litorânea. “Estamos falando de uma customização que vai mudar a face daquela praia. Vai permitir que quem mora em Natal se sinta à vontade para voltar a freqüentar a praia de Ponta Negra e que, quem vem nos visitar, se sinta confortável não só na sua estadia, mas se sinta confortável em trazer outros visitantes, que geram o que nós queremos, que é circulação de riqueza, geração de empregos e o desenvolvimento econômico como um todo”, ressaltou.
O presidente da Associação da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis (ABIH/RN), Abdon Gosson, relembrou que a obra vem sendo aguardada há quase uma década e vai fortalecer a principal atividade econômica da cidade. “Eu diria que essa obra tem uma grandeza jamais esperada por nós. Ponta Negra tem sofrido muito desgaste e essa obra vai incentivar a nós, do Turismo, a investir com segurança. É um momento muito importante para todos os trabalhadores da indústria do turismo da cidade. Vai mudar a cara do turismo de Natal e do Rio Grande do Norte”, reforçou Gosson.
Fonte: Tribuna do Norte
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