Um dos satélites da agência espacial americana (Nasa) conseguiu capturar o momento em que a lava do vulcão Cumbre Vieja desce fluindo entre as comunidades de El Paraíso e Todoque, nas Ilhas Canárias. Nesta terça-feira (28), o material exalado chegou ao mar. Já são 10 dias em erupção, após 50 anos “adormecido”.
Em cores naturais
Imagem feita pelo satélite Landsat 8 e pelo Earth Observatory, da agência especial americana, de 26 de setembro — Foto: Landsat 8/Earth Observatory/Nasa
MAIS PERTO – Imagem feita pelo satélite Landsat 8 e pelo Earth Observatory, da agência especial americana, de 26 de setembro — Foto: Landsat 8/Earth Observatory/Nasa
Esta fotografia feita pelo satélite Landast 8 mostra o vulcão em erupção na ilha de La Palma em cores reais, mas com um rastro escuro, sem conseguir captar o vermelho vivo. Segundo a agência espacial, mesmo que o material estivesse quente e derretido, ao entrar em contato com a superfície, ele deixa uma crosta preta, sem mostrar a lava em cores quentes.
Imagem mostra o rastro da lava em La Palma em 26 de setembro — Foto: Landsat 8/Earth Observatory/Nasa
Mais perto: Imagem mostra o rastro da lava em La Palma em 26 de setembro — Foto: Landsat 8/Earth Observatory/Nasa
Usando o infravermelho, o satélite consegue mostrar exatamente o caminho da lava. A fumaça que flui na direção nordeste contém uma mistura de cinzas, dióxido de enxofre e outros gases. Um dia após o registro dessas imagens, uma redução nas atividades indicou um possível fim da erupção, mas em seguida o vulcão voltou à ação. Na segunda-feira (27), o Cumbre Vieja registrou a sua nona fissura eruptiva após um novo terremoto, o que obrigou a remoção de mais 500 pessoas e elevou para 6 mil os deslocados.
Iluminando a noite
Imagem feita pelo Landsat 8 em 22 de setembro à noite em La Palma, na Espanha — Foto: Landsat 8/Earth Observatory/Nasa
MAIS PERTO: Imagem feita pelo Landsat 8 em 22 de setembro à noite em La Palma, na Espanha — Foto: Landsat 8/Earth Observatory/Nasa
Em 22 de setembro, três dias após o início da erupção, um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) fez uma fotografia com uma câmera de mão. Ela foi cortada e aprimorada para melhorar o contraste. Alguns itens da lente foram removidos.
À esquerda e no alto, no bloco iluminado, está Los Llanos, com cerca de 20 mil habitantes. À sua direita, está El Paso, com menos de 10 mil habitantes. O vulcão está abaixo das duas cidades na imagem, exalando a lava.
“Embora 50 anos seja um tempo relativamente longo para os humanos, é um período geológico curto para um vulcão”, disse William Stefanov, cientista de sensoriamento remoto do escritório de ciências da ISS.
Fonte: G1