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‘Round 6’ e outros sucessos escancaram desigualdade coreana, menor que a brasileira

A julgar por 'Parasita', a Coreia do Sul é uma versão asiática do Brasil ou da África do Sul - Foto: Reprodução

No início de “Round 6”, centenas de sul-coreanos desesperados por dinheiro olham para um imenso globo transparente no alto de uma sala, onde caem maços de notas com uma fortuna que eles nunca vão ter na vida – a não ser que se arrisquem a morrer em jogos infantis.

A série mais vista da história da Netflix escancara a desigualdade na Coreia do Sul, assim como o filme “Parasita” e até sucessos do BTS. Mas será que a diferença entre pobres e ricos no país é tão grave quanto esses sucessos pop indicam?

O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2020 da Organização das Nações Unidas (ONU) indica: na Coreia do Sul, a diferença entre ricos e pobres é maior que a de vários países desenvolvidos. Por outro lado, o índice coreano não chega perto de lugares desiguais como o Brasil.

Nos dois países, os ricos ficam com uma fatia imensa e desproporcional da renda, como os maços de dinheiro caindo do céu que fazem os pobres se espantarem em “Round 6”. Mas essa disparidade é bem maior no Brasil do que na Coreia do Sul.

Segundo o Banco Mundial, o Brasil é o 9º país mais desigual do mundo, de uma lista de 167 nações. A Coreia do Sul está em 137º lugar. No índice de Gini, que mede a desigualdade nos países, o Brasil tem coeficiente de 53,3 (quanto maior o número, mais desigual é o país). A Coreia do Sul tem 31,4.

O sucesso de “Parasita” também gerou interesse sobre o tema. Em busca da resposta, a imprensa mundial usou o Brasil como referência – negativa, no caso.

“A julgar por ‘Parasita’, a Coreia do Sul é uma versão asiática do Brasil ou da África do Sul”, diz o jornalista inglês David Fickling na Bloomberg. “Na verdade, a Coreia do Sul fez muito melhor que outras sociedades para evitar a desigualdade”, ele escreve.

Fonte: g1

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