Uma mulher de 56 anos morreu depois que a filha precisou ligar 12 vezes para emergência para pedir sococrro em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Foram cerca de duas horas de espera por uma ambulância que nunca chegou.
De acordo com a família, as chamadas foram feitas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Bombeiros e Guarda Civil. Todo a espera foi filmada por amigos e familiares.
Um vizinho emprestou uma van para que Rosenice de Oliveria pudesse ir até o Hospital Regional de Cotia deitada. Ao chegar na unidade de saúde, ela não foi atendida imediatamente pois, segundo o hospital, teria que ser encaminhada por uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Só depois que familiares registraram um boletim de ocorrência que a vítima foi internada, passou por duas cirugias, mas não resistiu e morreu no último sábado (16) pois seu estado de saúde era gravíssimo.
Na semana anterior, ela chegou a procurar uma UPA com fortes dores na virilha, dor de cabeça e vômitos. Ela foi medicada com antibióticos e mandada de volta para casa. Dois dias depois ela já não conseguia mais andar. Rosenice morreu de sepse por fasciíte necrosante, uma infecção bacteriana rara e extremamente grave.
Em nota, a Prefeitura de Cotia diz que, no momento do chamado, as duas ambulâncias que atendem no suporte básico da cidade estavam em atendimento. Já a secretaria estadual de Saúde diz que os relatos da família não procedem, que a paciente chegou em estado grave e foi atendida antes mesmo da chegada da guarda municipal no local. E que, infelizmente, o estágio avançado da doença impediu que a paciente respondesse bem ao tratamento.