Posso tomar uma cervejinha depois de me vacinar? Confira a resposta dessa e de outras perguntas sobre o pós vacina contra a Covid-19

Dose de reforço atinge parcela de 3,4% - (Foto: Manoel Barbosa/Secom)

Ao usarmos remédios, sempre devemos prestar atenção na bula, do que é permitido fazer antes, durante ou depois da medicação. Os antibióticos, por exemplo, não devem se misturar com bebidas alcoólicas no organismo, para não reduzir seu efeito.

Com a vacinação avançando no Brasil, mais de 73% da população vacinada com ao menos a primeira dose e mais da metade dos brasileiros com a imunização completa, surgem também dúvidas de situações que poderiam inibir o efeito da vacina no organismo.

Quanto tempo demora para a vacina fazer efeito?

Estudos apontam que a pessoa está completamente imunizada cerca de 15 dias após tomar a segunda dose, mas ainda é importante seguir os protocolos de segurança para evitar a disseminação da doença, mesmo depois desse prazo.

Posso beber álcool antes ou depois de me vacinar?

De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, a relação entre bebidas alcoólicas e vacinas perderem efeito é um “mito” e que não existe nenhuma evidência científica para apontar isto.

“Uma pessoa que bebe com moderação, uma taça vinho ou um chopp no dia da vacina não vai comprometer a imunização”, disse a médica. “O problema é quando se usa do álcool abusivamente. Um alcoólatra tem dificuldades imunológicas e não desenvolve a defesa contra o vírus totalmente”, completou.

É seguro tomar algum remédio para prevenir reações à vacina?

Segundo Mônica, é melhor evitar anti-coagulantes ou anti-térmidos antes de tomar a vacina, como algumas pessoas tem feito. “Em algumas vacinas se observou que há substâncias como o paracetamol e a dipirona, por exemplo, que comprometem a formação de anticorpos. Mas nas vacinas contra a Covid ainda não sabemos se é seguro ou não. Portanto é melhor evitar”, disse a imunologista.

Em relação ao uso de antibióticos, a diretora da SBIm alerta que o problema não é o medicamento e sim a condição da pessoa. “Isso é um mito. Não pode tomar a vacina quando se está com alguma doença infecciosa moderada ou grave. Uma pequena virose ou um resfriado não te impedem de se imunizar, por exemplo. Nada tem a ver com o remédio”, disse Mônica.

Vacinas e exercício físico

A reação mais comum da vacina é a dor no local de aplicação, que também levanta dúvidas sobre o que se deve fazer após a imunização., como pegar mais leves no exercícios físicos ou nas tarefas braçais do cotidiano.

Para a doutora Mônica, quem vai estabelecer o limite do corpo é a própria pessoa. “Quem vai dizer se está apto para se exercitar é o próprio paciente. Por exemplo, se pessoa tiver um treino de vôlei e a dor não a incomodar, aquilo não vai prejudicar a imunização ou o seu corpo”, afirma.

Fonte: R7