No Distrito Federal, uma mulher vive um drama. Ela descobriu que não é a mãe biológica da filha de sete anos. Para a Justiça, houve troca de bebês na maternidade. E agora, a polícia investiga o que aconteceu no dia do parto.
“A gente vê só isso em novela. Eu nunca vi isso na realidade com os meus 37 anos. Eu nunca vi. No dia que eu vi. Tem que ser eu?”, desabafa Geruza Ferreira.
Em 2013, Geruza engravidou e terminou o relacionamento com o então marido. O parto foi na madrugada do dia 14 de maio de 2014, no Hospital Regional de Planaltina, a 46 quilômetros do centro de Brasília. Geruza deu à luz uma menininha de três quilos. Após o parto, o ex-companheiro chegou a registrar a criança.
“Ele viu ela raramente, muito pouco. Ele me ligou perguntando se ele podia ir até uma loja comprar um presente para ela. Aí ela chegou a comentar que onde o pai dela levou, tinha furado o dedo dela”, conta Geruza.
Geruza só foi entender o que tinha acontecido dias depois, na audiência sobre a definição da pensão alimentícia. O ex-marido apresentou um exame de DNA provando que não era o pai biológico da criança, e exigiu a retirada do nome dele da certidão de nascimento.
Logo depois, a Segunda Vara de Família de Planaltina determinou que ela, o ex-marido e a criança fizessem novamente os exames de DNA. Só que desta vez, juntos. Os resultados revelaram que Geruza também não é a mãe biológica.
Geruza entrou na Justiça contra o governo do Distrito Federal e ganhou a ação em 1ª instância. Em nota, a Procuradoria -Geral do Distrito Federal afirma que já recorreu da sentença. Logo após o resultado dos exames de DNA, o Ministério Público pediu uma investigação da Polícia Civil para apurar a troca de bebês e saber, de fato, o que aconteceu na maternidade.
Fonte: g1/Fantástico