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Renan inclui Heinze, governador Wilson Lima e secretário de Saúde do AM entre indiciados; lista chega a 81 nomes

Senador governista Luis Carlos Heinze (PP-RS). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Durante a leitura da lista de indiciados, o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), confirmou a inclusão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do Estado Marcellus Campêlo entre os nomes que devem ser responsabilizados a partir do relatório final da comissão. O senador governista Luis Carlos Heinze (PP-RS) completa a lista que, ao todo, tem 81 pedidos de indiciamento — 79 pessoas físicas e 2 jurídicas.

O anúncio da inclusão do senador Heinze foi feita após a leitura do voto em separado do gaúcho, que defendeu a atuação do presidente Bolsonaro durante a pandemia, atacou a CPI da Covid e saiu em defesa do chamado tratamento precoce.

“Pela maneira como, apesar das advertências, o senador Heinze reincidiu aqui todos os dias, apresentando estudos falsos, logo negados pela ciência, e pela maneira como incitou o crime em todos os momentos, eu queria nesta última sessão, dar um presente a vossa excelência. Vossa excelência será o 81º primeiro indiciado dessa CPI”, disse Renan.

Além do presidente Jair Bolsonaro — que aparece como o primeiro da lista —, seus filhos, Flávio, Carlos e Eduardo, médicos, empresários, ministros e ex-ministros, a versão final do relatório acrescenta cinco investigados pela CPI que haviam ficado de fora do texto apresentado por Renan na quarta-feira, 20.

Entre eles, o coronel Marcelo Bento Pires, que trabalhou por três meses no Ministério da Saúde. Ele foi acusado pelo servidor Luis Ricardo Miranda de ter pressionado para agilizar a importação da vacina indiana Covaxin, cujo contrato foi cancelado.

A relação final de indiciados traz ainda os nomes de seis ministros ou ex-ministros. São eles: Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga, Onix Lorenzoni, Ernesto Araújo, Wagner Rosário e Walter Braga Netto. Sugere ainda o indiciamento dos deputados federais Bia Kicis (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ), Osmar Terra (MDB-RS) e Ricardo Barros (PP-PR).

Fonte: Estadão

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