O ex-ministro da Justiça Sergio Moro intensificou as articulações políticas em busca de aliados do chamado “centro expandido” para construir sua candidatura à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.
Horas após desembarcar, ontem, em Brasília, para conversas com dirigentes partidários, o ex-juiz fez questão de marcar posição no debate do dia ao criticar a proposta do governo que rompe o teto de gastos públicos.
“Aumentar o Auxílio Brasil e o Bolsa Família é ótimo. Furar o teto de gastos, aumentar os juros e a inflação, dar calote em professores, tudo isso é péssimo. É preciso ter responsabilidade fiscal”, postou numa rede social, em referência à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que abre caminho para o Auxílio Brasil.
Moro vai se filiar ao Podemos no dia 10 e já tem confirmada a presença do governador de São Paulo, João Doria, presidenciável tucano. Outro pré-candidato que foi convidado e deve comparecer à cerimônia é o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Estratégia
O ex-juiz conversou ontem com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) — que se destacou na CPI da Covid e também quer ser candidato ao Palácio do Planalto — e com dirigentes do PSL, partido que já anunciou a fusão com o DEM para formar o União Brasil.
A estratégia de Moro consiste em ampliar o arco de alianças. Seus interlocutores avaliam que ele está certo ao se reunir com outras forças políticas, além do Podemos, e entendem que esse é o melhor caminho para romper a polarização Lula-Bolsonaro.
Fonte: Correio Braziliense