Hermano Morais é um grande nome para a presidência do Conselho Deliberativo e com perfil para o momento que exige que é serenidade. Ou os caras entendem que o América chegou no limite extremo e que precisa ser político no sentido mais amplo, ou de nada vai adiantar a presença do ídolo Souza na presidência executiva do clube.
Penso que Hermano Morais, acostumado aos embates da política partidária na Assembleia Legislativa pode ser o ponto de união e principalmente o ponto de uma mudança, de uma modernização dentro do centenário América Futebol Clube que não pode mais continuar vivendo do ponto de vista político no século XIX, e a prova do que digo foi o número de votantes na eleição de Souza, pouco mais de 50 eleitores foram às urnas. Eram pouco mais de 80 em condições de votar.
Claro que é preciso criar uma cláusula de barreira, um ano, no máximo dois, mas que acabe por exemplo com essa coisa de “sócio patrimonial” que é o melhor retrato do atraso.
Os exemplos de clubes que abriram as portas para o sócio torcedor são muitos e nem precisa ir longe, vamos pegar o Ceará, o Fortaleza e o Bahia parta ficar nos cases de sucesso. Em Natal, o ABC que vai ter eleição no final deste mês tem uma chapa de oposição que saiu das arquibancadas e que vai para o voto.
Democratizar o América é tão importante quanto montar um bom time de futebol para tentar o acesso em 2022. Aliás a derrocada do América não foi provocada pela “plebe”. Foi construída pelos “nobres de sangue azul”, ou estou mentindo?
Já passou e muito do tempo de uma mudança profunda no América, em todos os sentidos, principalmente na estrutura política do clube da Rodrigues Alves. Tem que mudar enquanto é tempo, daqui a pouco pode ser tarde demais.