O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou não discutir política de preços com o presidente Jair Bolsonaro. A fala foi feita em uma entrevista à CNN.
“A minha relação com o presidente Bolsonaro é de profundo respeito e consideração, e isso é recíproco. Eu não trato com o presidente sobre o preço de combustível. Esse assunto não conversamos.”
Joaquim Silva e Luna argumentou que os preços dos combustíveis acompanham os preços do mercado, e reconheceu que estão altos, ressaltando que a inflação é um fenômeno global.
“Vale a pena dizer que os preços estão muito altos. A inflação está elevada e está no mundo inteiro, por uma série de fatores convergentes. O petróleo é uma commodity e não é diferente com ele. O mercado consumidor e produtor é que define esse equilíbrio dos preços.”
Silva e Luna disse ainda que, como a paridade de preços é uma referência, o que a Petrobras faz é acompanhar o valor de campo e o valor da gasolina e do petróleo nos diferentes mercados – asiático, europeu, Estados Unidos, por exemplo.
O presidente da estatal destacou que a companhia acompanha “com bastante sensibilidade essa preocupação” com os preços, de não repassar ao consumidor.
“Chegamos a ficar 92 dias sem alterar preços de combustíveis. Não fazemos nenhuma mudança brusca, conjuntural. Procura-se identificar se essa mudança [de preços] ela é estrutural. O cuidado que nós temos é com o abastecimento de mercado”, afirmou.
Com informações da CNN