Sem pudor algum, um ministro do Supremo Tribunal Federal confessa publicamente que ele, e os demais ministros, tomaram o poder no Brasil.
Durante o 9º Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, Dias Toffoli revelou que alterou o sistema presidencialista brasileiro, desprezando abertamente a constituição, atropelando a lei (Art. 2o) e a vontade popular (plebiscito de 1993). “Nós já temos um semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo STF”, disse, em palestra onde defendia este mesmo sistema político, o qual disse já haver implantado.
Tal declaração não apenas confirma o que muitos já constataram e alertam diariamente, mas é a própria confissão de um golpe. O STF usurpou os poderes do congresso e do presidente da república, submetendo o país a um ditadura da toga. Como ele mesmo disse o Brasil está “com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo STF”.
Dias Toffoli parece celebrar isso como uma conquista e, com toda soberba de quem se considera “editor da sociedade”, acredita estar fazendo o bem, dotado de uma virtude inquestionável. Nossa história tem muitos personagens assim, e nunca acaba bem para o povo.
A declaração no ministro pode ser considerada, também, a confissão de que todos os crimes dos quais se tem acusado o governante do país diante da condução da pandemia são, na verdade, seus. Ora, se o presidente era acusado de ser responsável pelas mais de 600mil portes por ser o governante responsável, agora que é revelado que quem realmente governa é o STF, o título de genocida passaria a caber aos membros do mesmo.
Não acredito que o ministro tenha esquecido a letra de nossa constituição e suas clausulas pétreas que asseguram o presidencialismo e o poder popular, ele simplesmente a ignora. De livre e espontânea arrogância.
Resta saber se, mais uma vez, vai ficar por isso mesmo.