Por Renato Cunha Lima
O Carnatal é a grande festa de Natal, nenhuma outra divulga tanto a terra do Deus mar, de um Deus mar que vive para o sol, como canta Pedrinho em
“Linda Baby.”
Nos 30 anos que ocorre o maior evento da capital potiguar testemunhamos muita coisa, assistimos o crescimento da cidade, do próprio evento, as exigências dos novos tempos, o passar das gerações e as mudanças da própria cultura e costumes envoltos na grande festa.
Muito mais que uma micareta, dentre tantas que pipocaram no Brasil, sobretudo no nordeste, o Carnatal passou representar o portal do verão para a cidade que nasceu para receber visitantes.
Desde os portugueses que descobriram o Brasil nas praias de Touros-RN, os invasores holandeses e bem depois os americanos na segunda guerra, que a terra de Clara Camarão recebe gente de todo canto do mundo.
Uma vocação para o encontro de povos, como uma esquina onde as pessoas se encontram para reverenciar o sol, as dunas e o mar. Isso é Natal, cidade do encontro de Reis, do forte que vigia o mar, o rio e a terra.
O primeiro Carnatal em 1991 resgatou a tradição foliã da Cidade, que enlutada deixou de brincar qualquer festa depois da tragédia do baldo, que ocorreu no carnaval de 1984 vitimando 19 pessoas em um acidente.
Desde então, quando devolveu a alegria ao natalense, o Carnatal só parou no ano passado com a pandemia, voltando esse ano com o folião vacinado para ser feliz.
A todo vapor e com todo gás, com todas as dificuldades, que foram muitas, o Carnatal venceu para o bem até do natalense que não curte a folia, pelo bem da nossa economia, das oportunidades geradas e pelos empregos diretos e indiretos.
A vitória do Carnatal mostra que apesar de tudo, Natal vive e ressurge, muito na expectativa e na fé em dias melhores, com pessoas que cuidem da cidade e lhe façam mais bela para os que aqui vivem e para os que nos visitam.
“…Isso é Natal, ninguém se dá muito mal
Como dizem pessoas quase sem se sentir
Linda baby, baby linda, volte sempre aqui…”