O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (27), que o fato de os preços da gasolina e do dólar estarem em patamares elevados não é por “maldade” do governo, mas por “realidade”.
“É muito, mas muito mais fácil eu estar do outro lado. Em grande parte, quase todos estão aqui voluntariamente. Os meus ministros estão voluntariamente, foram convidados. Mas nós temos um percurso, temos muitos obstáculos. São intransponíveis? Não, mas depende do entendimento de cada um. Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade”, disse o mandatário, em evento realizado no Palácio do Planalto.
Veja o vídeo:
O chefe do Executivo federal participou, nesta segunda-feira, da cerimônia de lançamento do Crédito Caixa Tem, ocasião em que o banco público anunciou uma modalidade de empréstimo digital de até R$ 1 mil, por meio de aplicativo. O evento é um dos que marca os mil dias da atual gestão, completados no domingo (26).
Na sequência, Bolsonaro deu a entender que a situação pode piorar ainda mais: “E tem um ditado que diz: ‘Nada está tão ruim que não possa piorar’. Nós não queremos isso, porque temos o coração aberto. E tem uma passagem bíblica, um resumo de uma passagem bíblica, que diz: ‘Nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna’”.
O mandatário pontuou que o mundo todo enfrenta problemas de inflação e citou o Reino Unido, onde o preço do gás natural subiu 300%, e os Estados Unidos, que tiveram um reajuste de 40% nos combustíveis. “O mundo todo está conectado”, alegou.
Ele lembrou que, por ser o chefe do Poder Executivo, uma fala sua desconectada ou distorcida mexe com a bolsa e com o preço do dólar e alegou que os problemas econômicos vivenciados atualmente decorrem da pandemia e de erros de gestões passadas.
“Mil dias de governo, com uma pandemia. Muitos acham que o que acontece hoje em relação a economia, inflação, preço de combustíveis, de alimentos, entre outros problemas, está acontecendo porque eu sou presidente e não, em grande parte, pelo que nós passamos e estamos passando ainda.”
Fonte: Metrópoles
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