A governadora Fátima Bezerra vistoriou a restauração do Forte dos Reis Magos nesta sexta-feira (1º), durante o recebimento provisório da obra. Apesar da reforma estar na reta final, a entrega definitiva do equipamento poderá ocorrer em até 90 dias.
Entre as mudanças estão a restauração de paredes, piso e teto, acessibilidade para pessoas com deficiência e readequação da passarela de acesso, das salas de exposição e das lojinhas. Além de uma estação compacta para tratar água e esgoto dos banheiros.
O investimento na edificação histórica somou R$ 4,7 milhões em recursos estaduais, viabilizados pelo Projeto Governo Cidadão junto ao empréstimo com o Banco Mundial, em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo (Setur) e a Fundação José Augusto (FJA). A fiscalização foi feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Este é um prédio importantíssimo para a memória da nossa capital e para o lazer do natalense. Para o turismo, então, é um espaço essencial que voltará a atrair viajantes ao nosso estado”, destacou a governadora.
Histórico da obra
O serviço de restauração do Forte havia começado ainda em 2018, mas chegou a apenas 3,9% de execução no final daquele ano. A retomada da obra só foi possível graças a um Termo de Ajustamento de Gestão entre o Governo do Estado e o Tribunal de Contas do Estado, firmado em setembro de 2020.
Segundo o Governo, na pandemia, uma das dificuldades de se executar a obra foi, por exemplo, encontrar no mercado o tipo de cabo específico para a finalização da rede elétrica. À executora da obra, empresa PS Engenharia LTDA cabe, ainda, acertar detalhes de acabamentos.
Após o recebimento definitivo que poderá ocorrer em até 90 dias, para depois serem emitidos os documentos de Habite-se e AVCB, o local continuará a ser gerido pela FJA.
Sobre o Forte dos Reis Magos
A edificação militar histórica foi o marco inicial de Natal, fundada em 25 de dezembro de 1599, ao lado direito da barra do Rio Potengi – hoje próximo à Ponte Newton Navarro. Recebeu este nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, dia de Reis pelo calendário católico.
Tombado em 1949, o Forte esteve sob administração da FJA até 2013, quando passou para o IPHAN. A última obra de recuperação ocorreu há mais de 15 anos.
Em maio de 2017, o Forte retornou à gestão do Governo com uma cessão inicial de 20 anos, após quatro anos sob a administração do IPHAN. A condição em que o prédio foi entregue obrigou o início do processo de restauração.