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Anvisa desenvolve painel que monitora disponibilidade de oxigênio

Foto: Divulgação/White Martins

Por redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desenvolveu um painel online que monitora a disponibilidade de oxigênio, além de informações sobre os níveis de produção, abastecimento e distribuição de oxigênio no Brasil. O painel terá atualizações semanais, todas as sextas-feiras, com as informações dos últimos 7 dias.

Segundo a agência, faltam informações das empresas que produzem os cilindros de oxigênios, o que dificulta a visualização da situação nacional. Os primeiros dados, que são relativos ao período de 13 a 17 de março, relataram 100 empresas que estão atuando na produção de oxigênio. Do total fornecido, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras.

Em comunicado oficial, a Anvisa explica que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada estado. “Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no estado. Assim, Estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no painel”, explica o informe.

São Paulo é o Estado com o maior volume de fabricação de oxigênio no período analisado, com 7,4 milhões de metros cúbicos (m3), seguido por Minas Gerais (2,5 milhões de m3) e Rio de Janeiro (2 milhões de m3). Os estoques de produção mostrados no painel são pequenos. O Estado com o maior estoque é o Amazonas: 1,17 milhão de m3.

Quando considerado o envase do oxigênio em cilindros, São Paulo novamente é o primeiro do ranking, com 1,18 milhão de m3. Em seguida vêm Ceará (1 milhão de m3) e Minas Gerais (875 mil de m3). Assim como na fabricação, nos cilindros, o Amazonas detém o maior estoque, com 1,17 milhões de m3.

Rio Grande do Norte

O consumo de oxigênio na rede pública hospitalar do Rio Grande do Norte aumentou 15% nos últimos três meses. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a demanda pelo recurso saltou de uma média de 200 mil m³ para 230 mil m³ por mês, entre dezembro de 2020 e março de 2021.

Pelo menos 60 municípios do estado anunciaram estar trabalhando sem oxigênio. Os pacientes que procuram atendimento precisando do oxigênio estão sendo destinados para outras regiões próximas ou estão ficando de observação nas próprias UPA’s, o que também sobrecarrega a demanda dessas unidades. “O consumo realmente cresceu muito de janeiro para cá. Estamos já operando no nível de segurança desse insumo”, relatou.

A Unidade Básica de Saúde de São José do Mipibu chegou a suspender os atendimentos por falta de oxigênio.

Nesta segunda-feira (22), 70 concentradores de oxigênio foram enviados pelo estado do Amazonas ao RN, por meio da ação denominada “Gratidão”, em agradecimento após o Rio Grande do Norte ter recebido pacientes de Manaus no auge da crise do sistema de saúde na região Norte, em janeiro.

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