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Após chamar Bolsonaro de “canalha”, deputada do RN agora diz que presidente é “delinquente”

Deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) e presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (9). Em publicação nas redes sociais, a parlamentar potiguar chamou o presidente de “delinquente” e afirmou categoricamente que Bolsonaro comete crimes.

“O delinquente que ocupa o Palácio do Planalto praticou mais um crime ao divulgar inquéritos sigilosos em seu twitter! Esse é o entendimento do TSE! Já passou a hora de ele responder por cada crime cometido!”, escreveu a deputada, pelo Twitter.

O mais novo ataque de Natália ao presidente da República acontece após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por vazamento de inquérito sigiloso.

Na prática, a notícia-crime é um pedido de investigação no qual há o relato de uma suposta conduta criminosa.

Na semana passada, Bolsonaro divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018 e que, conforme o próprio tribunal, não representou qualquer risco às eleições.

A notícia-crime será analisada no inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdo falso na internet e ameaças a ministros do Supremo. A investigação está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

O episódio

Em uma transmissão ao vivo na semana passada, Bolsonaro e o deputado Filipe Barros (PSL-PR) divulgaram o conteúdo de um inquérito da PF sobre um suposto ataque ao sistema interno do STF. Na ocasião, eles distorceram as investigações, e Bolsonaro ainda publicou em rede social a íntegra do inquérito.

Em resposta, divulgada horas após a transmissão de Bolsonaro, o TSE afirmou que o acesso indevido ao sistema interno, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque, explicou o tribunal, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação e que nada de anormal ocorreu.

O inquérito ainda não foi concluído pela PF. Por lei, o servidor público tem obrigação de proteger informações sigilosas. O TSE sugere que, caso seja instaurada a investigação sobre Bolsonaro, seja removido o conteúdo divulgado pelo presidente.

“Canalha”

Na semana passada, a deputada já tinha subido o tom contra o presidente pelas redes sociais. Também em publicação no Twitter, Natália Bonavides disse que Bolsonaro era “canalha” por ter vetado um projeto de lei de autoria dela que suspendia despejos por conta da pandemia de Covid-19.

“Canalha! Bolsonaro vetou nosso projeto de lei que busca impedir despejos na pandemia, aprovado na Câmara e no Senado por meio da mobilização da classe trabalhadora e dos movimentos por moradia. Iremos derrubar esse veto absurdo no Congresso e lutar até que vire lei!”, escreveu na ocasião.

 

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