Por Renato Cunha Lima
Com a notícia que a Argentina desistiu de sediar a Copa América por conta do agravamento da pandemia, a Conmebol, que organiza o evento esportivo, rapidamente encontrou no Brasil a solução.
O anúncio do Brasil como nova sede da Copa América veio com o aval da CBF e do Presidente da República, Jair Bolsonaro, razão pela qual toda a imprensa resolveu criticar.
Antes de comparar a pandemia na Argentina e no Brasil, vamos observar o futebol na pandemia, como outros esportes no Brasil e no mundo.
Os desportos voltaram suas atividades ainda no ano passado com protocolos de segurança sanitária, como testagens regulares nos atletas e profissionais envolvidos, higienização dos ambientes, bem como estádios e ginásios vazios, sem grandes problemas.
Portanto, no mínimo incoerente criticar um evento que contará com dez seleções, em estádios fechados ao público, num país que o campeonato nacional de futebol, em suas quatro divisões, reúne 128 clubes de futebol.
Lembrando também da participação dos clubes brasileiros em torneios internacionais organizados pela mesma Conmebol, como a Sul-americana e a Libertadores da América.
Estamos em ano olímpico, as Olimpíadas de Tóquio seguem confirmadas e os atletas brasileiros seguem participando dos torneios classificatórios em todas as modalidades, no país e no exterior, com os mesmos protocolos sanitários do futebol.
Vejo que há uma crítica uníssona dos jornalistas esportivos da Rede Globo, que é a emissora oficial da Copa América e também das eliminatórias da Copa do Mundo, que por sinal haverá dois jogos da seleção brasileira nesta semana.
Por coerência a crítica unânime, a Globo deveria desistir de transmitir a Copa América, caso contrário assumirá a mesma hipocrisia de criticar as manifestações a favor do governo e “passar pano” nas manifestações da oposição.
Vejam que as narrativas são as mesmas, que Bolsonaro é um irresponsável, um louco, um insano, mas quando vamos aos fatos a história é completamente diferente.
A narrativa dominante na imprensa brasileira adoraria ver no Brasil, um governo igual ao Alberto Fernández, presidente da Argentina, amigo de Lula, que promoveu o maior Lockdown do continente como estratégia para conter a pandemia.
Para começar, sempre com fatos, a pobreza na Argentina atingiu 42% de sua população, por causa das severas e duras medidas no enfrentamento da pandemia, a exemplo do Lockdown.
Quando se fala em números de óbitos, todos trágicos, a imprensa resolve sempre comparar com números absolutos, quando há populações diferentes, um erro para alimentar uma narrativa contra o governo Bolsonaro.
Por exemplo, o Brasil tem cerca de 211 milhões de pessoas, enquanto a Argentina tem 44,94 milhões de habitantes. Então o correto é termos uma comparação por milhão de habitantes.
O que mostra a situação do Brasil bem menos grave que a Argentina, que fez tudo que a maioria dos jornalistas da grande mídia desejavam. O Brasil tem 457 óbitos e a Argentina 580 por milhão de habitantes.
Na vacinação o Brasil já distribuiu quase 100 milhões de doses e já aplicou cerca de 67 milhões, enquanto a Argentina com população menor, já vacinou aproximadamente 14 milhões de pessoas.
Que venha a Copa América para o Brasil, com todos os cuidados sanitários, não deixa de ser um pouco de alegria para o povo e uma oportunidade de fomentar a rede hoteleira tão atingida pela pandemia.
— Que o Brasil vença mais uma vez a Argentina de Messi, de Alberto Fernández e da Globo.
Obs: Como torcedor do Flamengo, só gostaria que o campeonato brasileiro fosse paralisado durante a Copa América e as Olimpíadas, já que a seleção do Flamengo tem possíveis 8 convocados:
Gabigol, Everton Ribeiro e Rodrigo Caio para a seleção brasileira principal; Arrascaeta para a seleção uruguaia, Isla para a seleção chilena, Piris da Motta para a seleção paraguaia, assim como Gerson e Pedro para a seleção olímpica do Brasil.