Crítico do retorno às aulas presenciais na rede pública antes da aplicação da 2ª dose da vacina contra a Covid-19 nos educadores, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) convocou seus filiados a participarem de manifestações de rua contra o presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro.
Em seu site oficial e nas redes sociais, o sindicato defendeu a ida às ruas para protestar contra o governo e contra a defesa de uma ruptura institucional no País.
O convite à manifestação de rua acontece no momento em que o Sinte-RN mantém o entendimento de que não é seguro retomar aulas presenciais nas escolas. O sindicato chegou a fechar um acordo com o Governo do Estado para que os professores voltem obrigatoriamente às salas de aula apenas a partir de 4 de outubro, quando a maioria dos educadores terá recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19.
Quase um mês antes de voltar ao trabalho presencial, a entidade convoca seus filiados a participarem do movimento “Fora Bolsonaro” – que deve promover aglomerações pelo País nesta terça-feira (7).
“Para nós, é um momento de grande desafio, ao mesmo tempo em que esse desafio pode ser revertido a partir das massas populares ocupando as ruas e derrotando os tanques, derrotando os fuzis e aqueles que, de uma forma particular, desejam que volte a ditadura para este país. Não à ditadura! Sim à liberdade civil, democrática, coletiva, solidária e fraterna. E fora Bolsonaro”, convocou a professora Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sinte-RN, em vídeo publicado nas redes sociais do sindicato.
Em Natal, a manifestação “Fora Bolsonaro” acontecerá a partir das 9h da manhã na Praça das Flores, em Petrópolis. Vários sindicatos e movimentos sociais de esquerda estão chamando para o protesto, que é uma resposta às manifestações convocadas por movimentos de direita contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e a favor do governo Bolsonaro.
“Temos muito o que fazer nesta terça-feira. Vamos ocupar as ruas, ocupar de branco, com símbolo da paz. Dizendo que quer paz, mas que não abre mão da sua democracia, que precisa cada vez mais ter a participação da população para que ela possa decidir os rumos, as políticas públicas, o modelo de Estado que se quer. Esse é o momento oportuno”, enfatizou Fátima Cardoso.