O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta quinta-feira (2) que Marconny Albernaz Faria, lobista da Precisa Medicamentos, não compareceu à comissão, porque está com “atestado de coceira” e agora “está aguardando um laudo psiquiátrico”. Ontem (1°), Aziz chegou a ligar para o diretor do Hospital Sírio-Libanes durante a CPI e cobrar a vinda do lobista até Brasília. O lobista é o segundo depoente que consegue no hospital um atestado médico para se abster do depoimento em menos de 24 horas. O primeiro foi Marcos Tolentino, que também apresentou um atestado médico da unidade de saúde.
“Ele é um fraudador. Dono de um banco que nem é banco. Ele virá para cá nem que seja de maca, mas vai ter que vir”, disse Omar Aziz sobre Tolentino.
Veja o vídeo:
Além da condução coercitiva, a CPI também vai pedir a retenção do passaporte e deve comunicar à Interpol o nome de Marconny como fugitivo.
Os senadores buscam investigar o advogado sobre seu possível envolvimento na negociação da vacina Covaxin e sobre a participação na venda de testes contra a COVID-19 para o Ministério da Saúde.
Em uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nesta quinta-feira, 2, governadores cobraram a renovação de contratos para compra de vacinas contra a covid-19 e uma solução para a crise entre os Poderes, manifestando preocupação com ataques do presidente Jair Bolsonaro às instituições.
A conversa com Pacheco ocorreu após uma tentativa frustrada de reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Em meio a movimentos para a eleição presidencial de 2022, o presidente do Senado se colocou como um intermediador da demanda dos Estados. “Não é possível se interromper o diálogo com nenhum dos Poderes, com nenhuma das instituições e não ouvir os governadores dos Estados e do Distrito Federal”, disse o senador após a reunião.
Por intermédio de Pacheco, os governadores decidiram elaborar uma nota técnica e cobrar do Ministério da Saúde a renovação de contratos de compra de vacinas no âmbito do Plano Nacional de Imunização (PNI). A preocupação é com contratos vencendo em setembro e a necessidade de concluir a vacinação da população, além de uma terceira dose de reforço para grupos prioritários.
“Queremos evitar uma corrida de Estados e municípios atrás de vacinas dentro desses contratos”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). “A ideia é que possamos até outubro avançar bem, para não ter problema na relação com outros países por conta da pandemia, e também até o fim do ano alcançarmos a imunização plena, o controle do coronavírus”, afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
Fonte: Estado de Minas
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