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Erro de protocolo agrava casos de Covid-19, diz infectologista Roberta Lacerda

 Infectologista Roberta Lacerda. Foto: 98 FM

A médica infectologista Roberta Lacerda, integrante da Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN) e do comitê científico da Federação dos Municípios do Estado (Femurn) disse em entrevista ao 12 Em Ponto 98 desta terça-feira (23) que atualmente existe um protocolo equivocado para o tratamento Covid-19. A infectologista disse também que Natal não é um exemplo no combate à doença no país devido a queda da adesão do uso de ivermectina. A médica ficou conhecida no país após dizer que a ivermectina tem o poder de parar a pandemia em entrevista ao Repórter 98 em fevereiro.

“Já vi diversas prescrições de colegas médicos passando dipirona, azitromicina e corticoide na primeira semana, é um erro que persiste, corticoide na primeira semana aumenta a carga viral, o que está em grande parte favorecendo a evolução de muitos pacientes para uma forma grave”, disse.

A médica completou dizendo com as novas cepas é necessário mudar a forma de tratamento, pois as mutações do vírus respondem de uma forma diferente as combinações de medicamentos usadas no ano passado. Lacerda disse ainda que os médicos que defendem o uso da ivermectina sofrem assédio dentro de unidades hospitalares.

“Nós sofremos assédio nos hospitais privados e públicos quando comentamos sobre o uso da ivermectina ou quando encaminhamos pacientes internados e fazemos o uso também na fase inflamatória”, relatou.

A infectologista afirmou que houve uma maior adesão maior da ivermectina nos meses de maio e junho, tanto por parte dos médicos, que receitavam o medicamento, quanto por parte da população, e que hoje esse cenário mudou.

“O que eu vejo é realmente uma distorção completa, uma falha de adesão também por uma parte da população, em setembro e agosto, quando o número de casos de mortalidade foi caindo deixaram de usar. Temos inúmeros relatos de pacientes que faziam o uso quinzenal, mensal, e em 2 meses que pararam de tomar tiveram a doença”, contou.

A médica disse ainda que vem participando de reuniões com a equipe da força tarefa humanitária de Manaus para  atualizar o protocolo  de tratamento para ser encaminhando aos  municípios. Lacerda também falou que é necessário após a primeira consulta o acompanhamento do paciente.

 

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