Por redação
Em entrevista à GloboNews, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), defendeu nesta segunda-feira (8) a manutenção do decreto editado por ela na última sexta (5) que ampliou o toque de recolher no Estado para conter o avanço da pandemia de Covid-19.
A governadora sustentou que tem autoridade para determinar esse tipo de medida, em função da crise sanitária, mesmo com as prefeituras terem publicando outros decretos no fim de semana contrariando o decreto estadual, e disse que as forças estaduais de segurança pública continuarão fiscalizando o cumprimento da norma.
No sábado (6), um dia depois de entrar em vigor o novo decreto estadual, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), decidiu liberar o funcionamento de estabelecimentos comerciais aos domingos.
O decreto estadual permite a abertura apenas de setores considerados essenciais neste dia, o decreto municipal contaria esta medida. Segundo o decreto estadual, o toque de recolher no domingo é integral. Nos demais dias da semana, a ordem de Fátima é para aplicar toque de recolher das 20h às 6h do dia seguinte.
Por causa da divergência dos decretos, parte da população ficou confusa sobre o que podia abrir no fim de semana. Supermercados e farmácias foram autorizados a funcionar, mas registraram baixa movimentação de clientes. Preocupada com o toque de recolher, boa parte dos consumidores antecipou as compras e lotou os estabelecimentos na sexta-feira. Por outro lado, bares e restaurantes que abriram foram visitados pela PM.
Fátima lamentou o decreto editado por Álvaro Dias. “Infelizmente, o prefeito da capital destoou. Logo a capital, que é o epicentro da Covid. Ele publicou outro decreto flexibilizando as medidas. Mas nesse assunto do toque de recolher, a autoridade sanitária é do governo estadual. E estamos fazendo valer nosso papel”, enfatizou.
A governadora aproveitou, ainda, para agradecer à população que seguiu a determinação estadual e ficou em casa no domingo. “A maioria da população está dando lição de empatia, responsabilidade. A sociedade está do nosso lado”, declarou.
Fátima Bezerra disse também que não se sente confortável ao endurecer as medidas de prevenção à Covid-19, mas disse que a ação é necessária. “Nenhum gestor gostaria de fazê-lo. Estamos fazendo por absoluto senso de responsabilidade e necessidade”, destacou.
Com informações complementares do Agora RN