O Povo
A senadora Katia Abreu (PP) usou seu momento de fala na CPI da Covid, nesta terça-feira, 18, para endossar duras críticas ao ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A parlamentar lembrou de artigo onde o ex-chanceler usa o termo “comunavírus” e sobre as falas contra a China. Ao citar a minimização das parcerias internacionais, a senadora disse que Araújo era um “negacionista compulsivo” e que sua gestão foi uma “bússola” que direcionou o Brasil “para o caos”.
“O senhor deve desculpas ao País. O senhor é um negacionista compulsivo e omisso. O senhor no MRE (Ministério das Relações Exteriores) foi uma bússola que nos direcionou ao caos, ao iceberg, ao naufrágio da política externa brasileira. isso é voz unânime dos seus colegas no mundo inteiro. O senhor não só colocou o Brasil como pária. O Brasil foi muito pior. O senhor colocou o Brasil numa posição de irrelevância e eu não aceito meu país ser irrelevante”, destacou Abreu.
Kátia Abreu afirmou que o “maior vexame que passamos” foi durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, no dia 26 de abril, quando presidente Joe Biden levantou da cadeira e “deixou o presidente do Brasil falando sozinho”. “Aquela mensagem que o senhor não conseguiu ler é que “eu não tenho nada a ouvir do Brasil”, completou.
“Imagino que o senhor tenha uma memória seletiva para não dizer leviana. O senhor não se lembra de nada que é importante e do que ocorreu efetivamente. E se lembra de questões mínimas, supérfluas e não verdadeiras”, alfinetou Kátia. A senadora disse ainda que “há um Ernesto que fala aqui (na CPI da Covid) e outro que fala na internet”, mas, a despeito dele, “o comércio do Brasil aumentou”.