O major Inácio Brilhante Filho, da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, afirmou nesta sexta-feira (18) ao PORTAL DA 98 FM que, se fosse chamado, toparia integrar as forças de segurança pública que estão à procura de Lázaro Barbosa, apontado como autor de homicídios em série nas imediações de Brasília. Cerca de 400 policiais, incluindo agentes federais, estão na caça ao “serial killer” há dez dias, sem sucesso.
Com experiência em operações especiais contra quadrilhas e organizações criminosas, Major Brilhante, como é mais conhecido, está na Polícia Militar há mais de 20 anos, com atuação especialmente na região Oeste do Estado. No currículo, o major tem a prisão de inúmeros criminosos suspeitos de integrar quadrilhas com atuação em vários estados.
Natural de Caraúbas, o policial potiguar foi promovido a major em 2017, por merecimento. Por seu desempenho, normalmente ele é chamado para integrar operações especiais em outras localidades.
Na avaliação de Major Brilhante, o caso de Lázaro é incomum. “Claro que cada caso é um caso, mas, pela tecnologia que usamos hoje, pelas informações que temos, com policiais preparados, (a polícia) já era para ter pegado”, afirmou, em entrevista ao PORTAL DA 98 FM.
Ele diz que, se for chamado, vai à procura do criminoso. “Não só eu, mas todos os policiais do Rio Grande do Norte, se forem convidados a participar dessa operação, irão”, finalizou.
O caso Lázaro
Lázaro Barbosa, de 32 anos, está sendo procurado por policiais de Goiás e do Distrito Federal há dez dias, após matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia (DF). O cerco de buscas é feito na região de Cocalzinho de Goiás, onde as investigações apontam que o homem está se escondendo.
Nesta sexta, a polícia revelou que encontrou uma carta redigida pelo “serial killer” em um dos esconderijos usado pelo foragido, na região de Edilândia (GO). No local, agentes notaram, em cima de uma mesa, uma folha de papel A4 com um texto escrito à mão em caneta esferográfica vermelha. “Muitos que vivem merecem morrer, alguns que morrem merece (sic) viver”, afirma o texto.
A carta foi apreendida e levada para perícia. A investigação busca saber se Lázaro escreveu o texto ou apenas carregava com ele. Parte dos escritos replicavam falas de um personagem da série Senhor dos Anéis.
Outra coisa que chamou a atenção dos agentes foi a presença de cestos de palha com frutas e uma toalha rosa que forrava a mesa. Antes de ser descoberto pela polícia, o casebre era usado como esconderijo por Lázaro. No entorno, há mata ciliar, por onde o fugitivo pode ter escapado.