A Maternidade Escola Januário Cicco emitiu uma nota, após a reunião ocorrida com a Secretaria Estadual de Saúde, depois da superlotação causada pelo sistema de regulação do governo do estado, que mandou 55 pacientes para a maternidade, sendo que mais de 50% delas oriundas do interior do estado.
A Januario Cicco foi forçada a operar no sobrecarregada porque o Estado por descumprimento do acordo por parte do Governo do Estado que mandava um número de pacientes bem maior que o previsto e transformava a maternidade escola quase em um hospital referência, quando na verdade deveria ser apenas um complemento.
Na nota, a MEJC ainda afirmou que mantém até o próximo dia 30 de agosto, o regime de pactuação, mas deixou claro que se caso receba um fluxo de pacientes que supere a demanda da capacidade, elas serão encaminhadas para o hospital Santa Catarina, visto que por lá não há superlotação.
Veja a nota abaixo:
Em reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira, entre os gestores da Maternidade Escola Januário Cicco, instituição vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte e à Rede Ebserh (MEJC-UFRN-Ebserh), juntamente com os gestores da Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Norte, o Comitê Materno Infantil do Estado e Central de Regulação de Acesso para obstetrícia fora realinhada as diretrizes para o fluxo de atendimento às gestantes de alto risco diante da pandemia do novo coronavírus.
Na última semana a Central de Regulação de Acesso as Urgências, encaminhou em dois dias 55 pacientes para a MEJC, dentre essas, mais de 50% oriundas do interior. Mesmo após a instituição afirmar não ter condições para atender nenhuma paciente, houve encaminhamentos colocando em risco a vida de mães e bebês. Tal medida, recorrente nos últimos anos, se agravou após o acordo firmado em março do corrente ano, devido a pandemia do COVID 19, entre a MEJC e SESAP.
Ratificamos o dever da Maternidade Escola Januário Cicco, como hospital universitário da UFRN, da rede Ebserh, com função prioritária em formar os profissionais de saúde no ensino, pesquisa e extensão, para atender a sociedade e, sobretudo, as pacientes com gestação de alto risco. Reafirmamos nossa parceria com a SESAP em auxiliar no atendimento materno-infantil do estado, evidenciando nosso papel secundário.
A pactuação estabelecida com o intermédio da Sesap seguirá até o dia 30 de agosto, porém, caso a Januário Cicco receba um fluxo de pacientes que supere a capacidade da unidade, (e existam mais de 2 bebês no centro cirúrgico ou sala de parto aguardando leitos de UTI NEONATAL), estas pacientes serão reguladas para o Santa Catarina, que prestará suporte no atendimento destas parturientes, visto que a direção do Hospital Santa Catarina demonstrou que não há problema de superlotação naquele serviço, pela alta rotatividade.
A MEJC alerta para a fragilidade da rede materno-infantil ao longo dos anos, e espera que o aceno para estudo do aumento do número de vagas por parte do estado seja implementado o quanto antes, uma vez que a situação se agrava. Esperamos que a situação seja regularizada e estamos a postos para contribuir no que nos cabe.
Com informações do blog Gustavo Negreiros