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Mulher que lavou dinheiro para membros de facção criminosa no RN é condenada a seis anos de prisão

A denúncia oferecida pelo MPRN aponta que a mulher ocultou a origem de bens provenientes de crimes praticados pelo homem conhecido como Pastor Júnior, membro da facção

Uma mulher envolvida de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Norte foi condenada a seis anos de prisão. Laiza Andrade Silva Alves foi condenada a seis anos de reclusão e 20 dias-multa pelo crime. De acordo com o Ministério Público do Estado (MPRN), a ação é um desdobramento da Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023.

Conforme dito pelo MPRN, a denúncia oferecida apontava que Laiza Alves adquiriu um imóvel com o objetivo de ocultar a origem de bens e valores provenientes de crimes praticados por Geraldo dos Santos Filho, conhecido como Pastor Júnior, e Valdeci Alves dos Santos.

As investigações tiveram início em 2019, a partir de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apurava supostos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro praticados em Natal e outras cidades do Rio Grande do Norte.

Condenações anteriores

Essa é a oitava pessoa condenada diretamente implicada nas investigações da operação Plata. O principal elo dos crimes, Geraldo dos Santos Filho, conhecido por Pastor Júnior, recebeu a maior sentença: 84 anos de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na denúncia que resultou nas sentenças, o MPRN indicou que o grupo formou-se para o fim específico de cometer os crimes através da aquisição e da transmissão de imóveis, da realização de depósitos não identificáveis e da distribuição de numerário em espécie.

Os réus dissimulavam e ocultavam a origem e propriedade de bens e valores oriundos dos crimes praticados por dois irmãos, em benefício de familiares e pessoas próximas a eles. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

Operação Plata

A operação do MPRN foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o apoio da Polícia Militar do RN e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba e, ainda, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

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