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Planalto muda tom e adota tema “proteger vidas e empregos”

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou, na noite desta terça-feira (14/04), propaganda institucional sobre ações realizadas pelo governo no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O mote é “proteger vidas e empregos”. O Palácio do Planalto publicou um vídeo no YouTube, e o secretário Fabio Wajngarten o distribuiu pelo Twitter.

“A vida dos brasileiros vem em primeiro lugar”, diz o locutor. “A prioridade é preservar a vida dos brasileiros, mas não podemos deixar de lado questões fundamentais para vencermos essa crise, como preservar empregos e manter a renda da população.”

O filme publicitário tem estética similar, mas o novo conceito mostra uma mudança de tom quando comparado à frase “O Brasil não pode parar”, que era repetida seguidas vezes em outro vídeo difundido nas mídias digitais por aliados do governo, como o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República. A frase também chegou a ser publicada pela Secom em peças de propaganda nas redes sociais, em contas oficiais do Planalto.

A Justiça Federal mandou suspender a veiculação das peças de publicidade com os dizeres “O Brasil não pode parar”. O Supremo Tribunal Federal também analisa ações contra a propaganda da Secom. Ouvida a respeito, a Procuradoria-Geral da República acatou a argumentação do Planalto de que a campanha com aquele conceito nunca se materializou.

A frase foi associada a uma visão contrária ao isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, e favorável à retomada das atividades econômicas, tese defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.

A Secom abandonou a campanha “O Brasil não pode parar”. O órgão afirmou se tratar de uma proposta de peça publicitária e não de trabalho acabado e argumentou que a edição final do vídeo nunca chegou a ser oficialmente veiculada. Publicações de cartões virtuais com os mesmos dizeres, que haviam sido publicados, terminaram sendo depois apagados pela Secom.

Fonte: Estadão

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