O senador Renan Calheiros (MDB-AL) adiou a entrega do relatório final da CPI da Covid para a próxima semana. O relator da investigação havia anunciado a entrega até o próximo dia 24. Novas linhas de investigação na reta final da CPI, no entanto, adiaram a conclusão.
Os parlamentares querem coletar mais informações sobre empresas ligadas a lobistas que negociaram vacinas ou outros contratos com o Ministério da Saúde. Além disso, os senadores defendem uma apuração mais aprofundada sobre a atuação da Prevent Senior com o uso de medicamentos do kit covid, além de fraude e ocultação de mortes na realização de estudo sobre o uso combinado de hidroxicloroquina e azitromicina. O caso foi revelado pela GloboNews a partir de um dossiê entregue à CPI, ao qual o Estadão também teve acesso. A operadora de planos de saúde alega que os médicos por trás do dossiê mentiram; o diretor-executivo da Prevent, Pedro Benedito Batista Júnior, presta depoimento aos senadores na próxima quarta-feira, 22.
A CPI também colocou no radar uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Seria o terceiro depoimento do chefe da pasta. O ministro é um das autoridades formalmente investigadas pela comissão e poderá ser responsabilizado no relatório de Renan em função da atuação à frente do ministério.
Na semana passada, o ministro atribuiu ao presidente Jair Bolsonaro a orientação para rever a vacinação de adolescentes. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um requerimento de convocação de Queiroga para esclarecer a suspensão de vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos e o planejamento de imunização para 2022.
A CPI deve analisar nesta terça-feira, 21, os novos requerimentos apresentados e definir os próximos passos da investigação.
Fonte: Estadão
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