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Roberta Lacerda levanta suspeita de que vacinas para Covid-19 têm substância que “magnetiza” as pessoas

Médica Roberta Lacerda, que ganhou fama ao defender o tratamento precoce contra a Covid-19 – Foto: 98 FM / Reprodução

A médica infectologista Roberta Lacerda, que ganhou fama durante a pandemia por defender o tratamento precoce, voltou a questionar, nesta terça-feira (24), a segurança das vacinas contra a Covid-19. Em publicação no Twitter, a médica potiguar levantou dúvidas sobre a possível presença de uma substância nos imunizantes que “magnetiza” as pessoas.

No post, Roberta Lacerda compartilhou o vídeo de uma mulher que supostamente teria desenvolvido Síndrome de Guillain-Barré após receber a vacina contra a Covid-19 da Moderna – que não é aplicada no Brasil. Além disso, a mulher teria passado a ficar “magnetizada”, ou seja, se transformado em uma espécie de ímã que atrairia objetos metálicos. A autenticidade do vídeo não é confirmada.

Na legenda, a médica escreveu: “E se fosse vc? Seu familiar? Meu papel é questionar! Magnetização: óxido de grafeno em nanopartículas como adjuvantes para vacina”. Ela convida, ainda, para uma transmissão ao vivo na próxima sexta-feira (27) que irá supostamente discutir a hipótese e, segundo ela, também “estudos para reverter os efeitos pós-vacina”.

Vacinas não têm a substância

Óxido de grafeno não está presente na composição de vacinas, de acordo com as fabricantes. As bulas, aliás, estão disponíveis e podem ser consultadas no site da Anvisa. Além disso, em entrevista ao G1, um especialista em aplicação de grafeno na engenharia biomédica reforçou que toda a história de que pessoas ficam magnetizadas após receber a vacina é uma mentira.

“As substâncias presentes na vacina são: hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio, água para injetáveis e hidróxido de sódio para ajuste de pH”, diz o Butantan, fabricante da Coronavac.

“Com relação às informações que têm circulado em redes sociais e aplicativos de mensagens sobre a vacina ComiRNAty, contra a Covid-19, produzida pela Pfizer e pela BioNTech, esclarecemos: É falsa a informação de que a vacina da Pfizer contra a Covid-19 contém óxido de grafeno”, diz a Pfizer.

“A vacina produzida pela Fiocruz não possui ingredientes em sua composição capazes de provocar efeito magnético no organismo. A lista de substâncias acrescidas à formulação das vacinas é pública e consta de suas respectivas bulas. Trata-se de uma vacina segura e amplamente testada, não havendo qualquer evidência científica que relacione a vacina a efeitos dessa natureza”, diz a Fiocruz.

“Informamos que a vacina da Janssen contra a Covid-19 não possui óxido de grafeno em sua composição”, afirma a Janssen.

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