Numa vitória para a agenda de privatizações do governo Jair Bolsonaro e sob críticas da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (5), por 286 votos 173, o projeto de lei que abre caminho para a venda dos Correios.
Com o aval do Congresso, o governo planeja fazer o leilão da estatal no primeiro semestre de 2022, e se desfazer de 100% da empresa.
Os deputados rejeitaram todos os dez destaques (propostas que poderiam mudar o texto original se aprovados), nove deles apresentados pela oposição. Agora, o texto segue direto para análise do Senado.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agradeceu pelo “empenho” dos deputados com a votação.
“Queria agradecer ao empenho das lideranças desta casa, que muito embora pensam e possam de qualquer forma pensar diferente, tiveram comportamento e retidão na aprovação dessa matéria”.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados
Para justificar a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que tem mais de 90 mil empregados e foi criada em 1969, o governo afirma que há uma incerteza quanto à autossuficiência e capacidade de investimentos futuros da companhia. Na avaliação do Executivo, isso reforça a necessidade da privatização para evitar que os cofres públicos sejam responsáveis por investimentos da ordem de R$ 2 bilhões ao ano.
Dos oito deputados que representam o Rio Grande do Norte na Câmara, dois não estavam presentes: Benes Leocádio (Republicanos) e Carla Dickson (Pros). Confira como votaram os demais:
- Beto Rosado (PP) – Sim
- General Girão (PSL) – Sim
- João Maia (PL) – Sim
- Natália Bonavides (PT) – Não
- Rafael Motta (PSB) – Não
- Walter Alves (MDB) – Sim