O governo Jair Bolsonaro gastou 4% do Produto Interno Bruto com as 9 parcelas do auxílio emergencial, totalizando R$ 294,7 bilhões. O benefício chegou diretamente a 68,2 milhões de pessoas, ou seja, 32,2% da população e cerca de 40% das residências do país.
O auxílio foi financiado por meio da emissão da dívida pública, que atingiu R$ 5 trilhões em 2020. O estoque do passivo brasileiro atingiu o nível recorde de 89,3% do PIB.
Na avaliação do governo, a alta da dívida para minimizar os efeitos do isolamento social foi necessária para evitar o aumento da extrema pobreza. O governo gastou o valor médio de 10 anos de Bolsa Família.
O economista Ecio Costa, professor da UFPE, estudou os impactos do auxílio sobre a massa de rendimentos nos Estados e municípios. Ele relata que diversas regiões, principalmente as do interior do Norte e Nordeste, tiveram alta de até 30% na economia local. Muitas famílias melhoraram comer carne, fazer pequenas reformas em suas residências e até poupança em meio à crise. As empresas também se beneficiaram do auxílio, principalmente aquelas ligadas ao comércio.
Do total de beneficiários do auxílio, 19,5 milhões já recebiam Bolsa Família. Outros 10,5 milhões estavam inscritos no cadastro único. Já 38,2 milhões, os chamados de “invisíveis”, tiveram que fazer um cadastro pelo aplicativo da Caixa ou no site para terem o direito ao benefício reconhecido pelo governo.