Depois do América que jogou com 12 atletas em campo no clássico contra o ABC ter repercutido como piada na imprensa portuguesa, agora foi a vez do Grêmio de Porto Alegre que respeitou um minuto de silêncio em homenagem ao ex-massagista Limonada. Seria uma justa homenagem se Limonada não estivesse vivo.
Darli João da Silva, 83 anos, ex-massagista do Grêmio, conhecido como Limonada, foi homenageado com um minuto de silêncio em função de sua “morte”. Porém, ele estava vivo, diante da TV em sua residência, no bairro Rio Branco, em Canoas, pronto para assistir à partida contra o Ypiranga pelo Gauchão.
No sábado, após rádios e a emissora de TV justificarem o minuto de silêncio em função da “morte” de Limonada, não demorou para o telefone convencional da residência começar a tocar. Parentes, vizinhos, ex-jogadores, ex-companheiros de Tricolor e amigos ligaram espantados. A responsável por desmentir e tranquilizar as pessoas foi a fiel companheira, Liberaci da Silva, 82 anos:
“A minha sobrinha ligou. Todo mundo ligou. Meu irmão, que já teve um derrame, ficou muito nervoso. Era telefonema para cá de todos os lugares. A gente não esperava isso”
Em 43 anos dedicados ao Tricolor como auxiliar do departamento médico, participou de conquistas históricas, como as duas primeiras Libertadores e o Mundial, além de torneios nacionais e estaduais. Quadros de tempos gloriosos decoram a parede da sala.
O equívoco teve origem no ex-presidente José Alberto Guerreiro, que procurou o clube afirmando que o ex-funcionário gremista havia morrido. Um amigo de Limonada teria falado da “morte” para Guerreiro. O assunto chegou à Arena ainda na última segunda-feira (7) e se espalhou entre conselheiros, dirigentes e membros da comissão técnica.