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[OPINIÃO] ACUSARAM O GOLPE

Por Renato Cunha Lima Filho

No artigo de hoje eu poderia abordar vários temas internacionais como o ataque terrorista a Israel e a ausência inédita, desde 1952, do nome “Deus” no pronunciamento de um presidente americano, no caso Joe Biden, no dia nacional de Oração.

No Brasil poderia tratar da nova maluquice da “lacrolândia” de criminalizar o príncipe da fábula Branca de Neve por conta do beijo, “não consentido”, que a fez acordar do encanto da bruxa malvada, mas terei que falar da fábula da recente pesquisa DataFolha.

Não sou muito de contestar pesquisas eleitorais, mas a pesquisa divulgada pelo grupo Folha de São Paulo é tão dissonante da percepção popular, que só posso imaginar que as oposições ao governo Bolsonaro acusaram o golpe.

Para não soar mais surreal que a própria pesquisa, faça você mesmo uma procura nas redes sociais dos principais nomes e veja o número de curtidas, as desaprovações, os comentários e avalie.

Da mesma forma, nas ruas, avalie quem vem reunindo multidões por onde anda de forma expontânea? Só não é Lula, que não consegue pegar um simples voo comercial sem correr o risco de ser xingado e vaiado.

Portanto, a suspeitíssima divulgação da pesquisa DataFolha, que não bate com a tendência vista nas pesquisas da Paraná e da XP/Ipespe, me parece um ato de desespero.

O Grupo Folha, que faz oposição visceral ao governo Bolsonaro, sabe que a vacinação avança com mais de 600 milhões de doses contratadas e que os economistas já preveem um crescimento do PIB neste ano (4%) igual ou maior que a retração do ano passado.

Assim como esperavam que a CPI do Covid resultasse em algo que desgastasse o governo e pelo contrário, o que estamos assistindo é a desmoralização da CPI, que conta no comando e composição com senadores processados, indiciados e réus por corrupção, incluindo por desvios na saúde, além de parentes de governadores que deveriam ser investigados.

Além do mais, tudo indica que as reformas administrativa e tributária avançarão no Congresso Nacional, ou seja, com um cenário de fim de tempestade a oposição percebe que perderá lenha para fustigar o presidente Bolsonaro.

A população reconhece os erros do presidente Bolsonaro, não há dúvidas disso, sobretudo no comportamento e nas falas erráticas, mas também reconhece os acertos, a ajuda emergencial, o socorro às empresas, aos estados e municípios e sobretudo a honestidade de um governo sem noda de corrupção, que vem entregando muitas obras em todo o país.

Verdade também, que há uma parcela da população que não quer nem Bolsonaro e nem Lula, mas nenhum nome até então conseguiu aglutinar esse sentimento e pelo andar da carruagem a tal terceira via sequer vai viabilizar um nome com potencial de 10% dos votos.

O que significa que teremos um FlaxFlu entre Bolsonaro e Lula e o eleitor que rejeita os dois terá que optar respondendo a seguinte pergunta: É possível mudar ou melhorar o comportamento de Bolsonaro ou o caráter de Lula?

Falando nisso, muito do caráter do brasileiro será explicitado nas próximas eleições. É inimaginável aceitar o retorno de alguém que foi preso por roubar o país e que apesar das anulações de suas condenações por seus amiguinhos no STF é sim, o grande culpado por mensalão, petrolão e os bilhões saqueados desse país.

O importante neste momento para o brasileiro é entender a encruzilhada que nos encontramos, onde assistimos suspeitas de vendas de sentenças e pedido de abertura de inquérito contra ministro do STF, que tem uma composição que já permitiu a soltura de líder do PCC e que massacrou a maior operação anticorrupção da história.

O nosso sistema é bruto, nosso presidencialismo é frágil. O presidente, seja qual for, é refém do Congresso Nacional, que por sua vem tem “rabo preso” com o STF, que não julga ninguém e de fato manda no país sem voto popular, com o silêncio e aceitação de grande parte da mídia, que depende esfomeada de recursos públicos.

Inegavelmente esse sistema faz oposição fratricida ao atual governo, que já teria caído se não fosse o apoio popular que ainda detém. Na prática estamos diante de vários ataques, onde até pesquisa eleitoral entra no VALE TUDO CONTRA BOLSONARO, QUE NÃO VALE NADA PARA O BRASIL.

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