Adolescente desaparecida é encontrada morta com cabelo raspado e marcas de agressão

Adolescente desaparecida é encontrada morta com cabelo raspado e marcas de agressão - Foto: Reprodução

O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, foi encontrado com marcas de violência, cabelo raspado e sem roupas em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo. A Justiça decretou a prisão de um ex-namorado dela.

Segundo a polícia, o corpo estava em avançado estado de decomposição e foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser periciado. Parentes da adolescente foram chamados até o local e a identificaram a partir de tatuagens.

Vitória sumiu em Cajamar após sair do restaurante de um shopping em que trabalhava para voltar para casa.

Uma câmera de segurança registrou quando a adolescente caminhou em direção a um ponto de ônibus seguida por dois homens. Nas imagens, é possível ver que um dos homens subiu no mesmo ônibus que ela.

Segundo testemunhas, havia outro veículo no ponto de ônibus em que Vitória desceu a caminho de casa.

Momentos antes de desaparecer, Vitória enviou áudios para uma amiga chorando e contando que foi seguida e assediada por homens que estavam em um carro. Ouça os áudios e veja a transcrição abaixo:

  • “Passou os cara no carro e eles falou: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar. Vou mexendo no celular. Não vou nem ligar pra eles”.
  • “Ah, deu tudo certo. Eles entraram pra dentro da favela. Uh… saiu até lágrima dos meus zóio agora. Nossa, até me arrepiei”.
  • “A hora que eles passaram lá do outro lado e falaram, ‘aê, vida’… aí eles voltou, fio, pra quê… falei: pronto, esses menino vai voltar aqui. Mas aí eles entraram ali na favela”.
  • “Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada”.

Em outras mensagens, a garota disse temer por sua segurança devido a dois jovens que estavam com ela no ponto de ônibus.

  • “Tem uns dois meninos aqui do meu lado”.
  • “Tô com medo”.
  • “Um ficou e o outro pegou o mesmo ônibus”.
  • “Ah, amiga, mas tá de boa. Eles tavam no ônibus, só que nenhum deles desceu no mesmo ponto que eu. Então tá de ‘boaça’. Não tem problema nenhum”.

Depois, a jovem não se comunicou com mais ninguém.

Investigação

A justiça decretou a prisão de um ex-namorado da jovem por inconsistências no depoimento dele. Não há informações se ele teria participado do crime.

Fonte: g1