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Alexandre dá 30 dias para PF ouvir Bolsonaro no inquérito sobre interferência na corporação

Decisão foi tomada depois que o presidente se antecipou ao julgamento no STF sobre a modalidade do interrogatório e comunicou que se apresentará pessoalmente diante dos investigadores

Jair Bolsonaro. Foto: Carolina Antunes/PR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 7, que a Polícia Federal tome o depoimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no inquérito que apura se ele tentou interferir politicamente na corporação. O prazo dado aos investigadores foi de 30 dias.

A decisão foi tomada depois que o presidente se antecipou ao julgamento no STF sobre a modalidade do interrogatório e comunicou que se apresentará pessoalmente diante dos investigadores. Ao tribunal, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa os interesses do Planalto, disse que a mudança de posição teve como motivação a ‘plena colaboração’ com as apurações.

Como mostrou o Estadão, a tendência entre os ministros era obrigar o presidente a responder presencialmente aos questionamentos.

Diante do recuo do Planalto na tarde de ontem, minutos antes do julgamento, Moraes pediu que o processo fosse retirado da pauta de julgamentos. Ao examinar a manifestação da AGU, o ministro concluiu que a análise do caso pelo tribunal ficou ‘prejudicada’.

O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas pendências para a conclusão da investigação aberta a partir de informações prestadas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ao deixar o governo, em abril do ano passado. O ex-juiz da Lava Jato levantou suspeitas sobre uma suposta tentativa do presidente de substituir encarregados por postos de comando na Polícia Federal em uma tentativa de blindar familiares e aliados de apurações.

Fonte: Estadão

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