
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deverá definir até o fim deste mês o percentual de reajuste nos preços dos medicamentos no Brasil. Os novos valores devem entrar em vigor em 1º de abril, como tradicionalmente acontece todos os anos.
A tabela CMED norteia o varejo farmacêutico no País. Ela estabelece valores e informa aos clientes sobre o preço máximo ao consumidor que pode ser praticado para cerca de 36% dos medicamentos.
Segundo o setor farmacêutico, há uma estimativa de aumento de até 4,59% na tabela CMED. Esse reajuste ainda depende da divulgação do IPCA de fevereiro para determinar o aumento exato.
Para o potiguar, no entanto, os remédios ficarão ainda mais caros, em razão do aumento do ICMS. A alíquota passará de 18% para 20% a partir de 20 de março. Ou seja, no Rio Grande do Norte, os medicamentos sofrerão reajustes tanto pela nova tabela CMED, como pelo aumento de ICMS.
Farmácia Popular
O setor farmacêutico também cobra uma atualização nos preços praticados pelo Governo Federal no programa Farmácia Popular. Em muitos casos, os valores tornam a operação inviável, fazendo faltar a medicação à população carente.
“Propranalol, que compramos em média a R$ 3,35, o governo paga R$ 2,40”, comentou um varejista do setor.
Ele alertou que, desde 14 de fevereiro de 2025, o Programa Farmácia Popular passou a disponibilizar gratuitamente 100% dos medicamentos e insumos. No entanto, há “zero condições para as empresas manterem isso”.
*Renato Cunha Lima é administrador e colunista do PORTAL DA 98 FM.