
O grande debate que surgiu pós eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo do Catar foi a escolha de Neymar para ser o quinto cobrador na disputa por pênaltis. O fato chamou a atenção e rendeu críticas porque Rodrygo, que abriu as cobranças, foi um dos que erraram. Mais tarde, o jogo entre Argentina e Holanda também foi decidido nas penalidades e, diferente de Neymar, o craque Lionel Messi foi o primeiro a bater.
No entanto, o craque do PSG não cobrou a penalidade primeiro por conta do erro de Neymar na partida anterior. Essa estratégia é utilizada pelos hermanos desde que Messi começou a ser o grande destaque da equipe. Claro, que essa tática nem sempre é garantia de ganhar a disputa, mas se analisar o histórico da Argentina, é capaz de enxergar uma tendência para as vitórias.
Disputas de pênaltis em que Messi abriu as cobranças
Ano | Competição | Contra | Gol/Errou | Vitória/Derrota |
2011 | Copa América | Uruguai | Gol | Derrota |
2014 | Copa do Mundo | Holanda | Gol | Vitória |
2015 | Copa América | Colômbia | Gol | Vitória |
2015 | Copa América | Chile | Gol | Derrota |
2016 | Copa América | Chile | Errou | Derrota |
2021 | Copa América | Colômbia | Gol | Vitória |
2022 | Copa do Mundo | Holanda | Gol | Vitória |
Normalmente, os melhores batedores são os escolhidos para abrir ou fechar as séries de penalidades. Neymar, batedor oficial do Brasil, foi escolhido para fechar a série contra a Croácia. Como o Brasil foi eliminado antes da quinta penalidade, o camisa 10 não teve a chance de cobrar.
Históricamente, nas 34 disputas de pênaltis da história das Copas do Mundo, em 20 delas ao menos uma das seleções envolvidas não teve a chance de cobrar o 5º pênalti porque os erros nas quatro primeiras decidiram a vaga. Ou seja, ao deixar seu melhor batedor para a cobrança final, estatisticamente, arriscou-se a participação dele.
A ideia de deixar o melhor batedor na última cobrança é dar a penalidade de maior pressão — porque pode selar uma classificação ou eliminação — com o melhor batedor. Assim, tendo mais chance de sucesso no momento decisivo.
Mas, no lado da Argentina, a estratégia é que o craque do time abra a disputa, marque o primeiro gol e tranquilize os demais batedores, uma vez que o fator psicológico conta muito para esses momentos de tensão.
Fonte: O Globo