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Na arte da gastronomia vale (quase) tudo para transformar o ato de nos alimentarmos em uma experiência prazerosa. Mas além do sabor e dos aromas, o visual também impressiona e pode nos fazer “comer com os olhos” antes mesmo da primeira garfada.
E se tem um elemento que nos fascina é o ouro que, sim, pode ir para as receitas. Chefs e especialistas renomados que defendem o uso do ouro como forma de valorizar a beleza de um prato e até mesmo de celebração.
Mas a opção por destacar uma receita com o elemento pode soar como extravagante para leigos. No último domingo (4), jogadores da Seleção Brasileira comeram carne folheada a ouro em um restaurante em Doha para aproveitar a folga no meio da Copa do Mundo do Catar.
A ostentação do momento rendeu críticas, entre elas do padre Júlio Lancellotti, que classificou as imagens dos atletas no banquete como causadoras de “constrangimento”. Já o ex-atacante Ronaldo, que estava com os jogadores, disparou contra os críticos.
“Se comeu a carne folheada a ouro, problema do cara”, disse.
O local onde os jogadores saborearam a iguaria é a churrascaria de luxo Nusr-Et, do chef turco Salt Bae, famosa por servir assados folheados a ouro. O valor estimado do prato com o elemento, um corte prime-rib consumido pelos atletas, se aproxima de R$ 10 mil.
Mas o uso do ouro não é tão extravagante assim. A primeira evidência de seu uso alimentar remonta ao Egito no segundo milênio antes de Cristo.
Os antigos egípcios acreditavam que era uma forma de se aproximar de suas divindades. A pele dos deuses retratados em seus afrescos era dourada; os túmulos e sarcófagos dos faraós eram decorados com ouro; e o elemento era comido como alimento sagrado para agradar aos deuses.
Na Europa, o uso do ouro comestível chegou na Idade Média e o Japão usa há séculos o metal precioso em garrafas de saquê e pratos especiais.
Fonte: CNN