O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar um segundo grupo de brasileiros que está na Faixa de Gaza vai decolar nesta quinta-feira, às 9h, do Galeão, no Rio. O destino é Cairo, no Egito. O governo compilou uma lista de 102 brasileiros e familiares e apresentou em novembro a solicitação de saída de Gaza. A autorização para saída do grupo ainda não foi concedida.
Nesta quarta-feira, 85 brasileiros, palestinos com residência no Brasil e seus familiares foram retirados das principais zonas de combate entre Israel e Hamas e foram levados pelo governo para perto da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. O governo não detalha quantos são brasileiros e quantos são palestinos parentes ou com nacionalidade.
A bordo do avião irá um carregamento de cerca de 11 toneladas de alimentos não perecíveis, fornecidos pelo governo brasileiro, para assistência humanitária.
A aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão (BAGL) às 9h desta quinta-feira. O destino é o Aeroporto Internacional do Cairo, capital do Egito, em voo direto com previsão de duração de 15 horas. O objetivo da missão é fazer a repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza e desejam retornar ao Brasil em razão dos conflitos na região.
Nos últimos dias, tropas israelenses invadiram o sul do enclave palestino por terra, inaugurando uma nova fase do conflito. Agora, as autoridades brasileiras esperam apenas pela liberação de Israel e Egito para transportar os civis pela fronteira.
Pouco depois da guerra entre Israel e Hamas estourar, o governo brasileiro lançou a “operação voltando em paz”, iniciativa para retirar nacionais das regiões afetadas: Gaza, Cisjordânia e Israel. Ao todo, 1.477 pessoas foram transportadas pela Força Aérea Brasileira, a grande maioria brasileiros.
A nova tentativa de retirada de civis do enclave palestino ocorre em um momento delicado do conflito, após a breve trégua para troca de reféns entre Israel e Hamas. O cerco a Khan Younis, principal cidade do sul de Gaza, foi descrito, na terça-feira, por oficiais israelenses como o com combates mais intensos até o momento.
Fonte: O Globo