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Banqueiro reclama das escolhas de Lula para subir a rampa: “Faltou um empresário classe média alta”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subindo a rampa com representantes do povo brasileiro - Foto: Ricardo Stuckert

O banqueiro Rodolfo Riechert, CEO da Genial Investimentos, criticou nesta segunda-feira (9) o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o começo da nova gestão é “caótico, mas esperado”. Para o executivo, a equipe do petista está cumprindo o que prometeu em campanha: priorizar os gastos com o lado social.

Como consequência das escolhas, a Bolsa patina enquanto o novo governo não desenha a nova regra do arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos e garantir maior credibilidade entre investidores.

“Quando o mercado vê que a pauta social justifica qualquer tipo de coisa, parece que não vai dar muito certo. É esse discurso que ainda está parecendo antagônico: para o pobre, a justiça social. Para o empresário, o imposto de renda”, afirmou, em entrevista ao E-Investidor.

O banqueiro explica que o mercado teme o novo governo porque sente falta de gestos efetivos para o sistema financeiro, já na cerimônia de posse.

Empresário Rodolfo Riechert, CEO da Genial – Foto: Reprodução

“Me chamou a atenção que, quando o Lula subiu a rampa, subiram junto todo tipo de personagem que deveria representar a sociedade brasileira. Mas faltou um, faltou empresário classe média alta, que emprega um monte de gente e está preocupado com o desenvolvimento; e isso não está presente no discurso do novo governo, como não esteve presente em nenhum momento da campanha”.

Ele complementa: “Quando o mercado vê que a pauta social justifica qualquer tipo de coisa, parece que não vai dar muito certo. É esse discurso que ainda está parecendo antagônico. Para o pobre, a justiça social. Para o empresário, o imposto de renda. Não deveria ter esse tipo de confronto, o ideal é uma sociedade única desenvolvendo o País”.

“Tem muitos investidores, gestores decepcionados, como se o discurso agora estivesse muito diferente do que foi a campanha inteira. Eu nunca achei isso e para mim a postura está correta, porque ele foi eleito com a promessa de trabalhar as pautas que são mais caras ao eleitor dele. Diria até que o Lula está sendo extremamente verdadeiro ao que foi na campanha. Agora, o pessoal mais ligado ao mercado que acreditava que não seria isso daí, talvez esteja caindo a ficha”, finaliza.

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