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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, tem um encontro previsto com o advogado Celso Vilardi na tarde desta segunda-feira (24), na sede da Corte em Brasília.
Vilardi faz parte da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ofereceu, ao STF, uma denúncia que envolve Bolsonaro, integrantes do alto escalão militar e ex-ministros do político do PL.
A denúncia de 34 pessoas é no âmbito da investigação de uma trama golpista, que culminou na depredação da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro é acusado dos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima
- Deterioração de patrimônio tombado
Agora, cabe ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, avaliar a validade da denúncia, ouvir a defesa dos nomeados no caso e, se considerar o processo pronto para julgamento, pautá-lo na Primeira Turma do Supremo.
Na semana passada, a defesa do ex-presidente pediu 83 dias para apresentar os argumentos contra a denúncia, com a alegação de que esse foi o tempo utilizado pelo PGR para montar a acusação.
O pedido teve rejeição de Moraes, que manteve o prazo de 15 dias que havia estabelecido anteriormente.
“Não deu aval”
O advogado de Bolsonaro, em entrevista ao programa WW, da CNN, negou que o ex-presidente tenha envolvimento com golpe de Estado.
“Não participou e não deu aval [a um plano de golpe]. Isso está evidenciado. Se pegar a delação do [Mauro] Cid, que é suspeita, para dizer o mínimo e usar uma expressão elegante, nem ele diz isso. O problema é que há uma tendência em separar alguns trechos retirando-os do contexto”, afirmou.
“Espero que o Supremo faça um julgamento técnico, um julgamento justo, um julgamento que contemple o direito de defesa”, disse.
Fonte: CNN Brasil