Fonte: G1
O novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou nesta quarta-feira (2), durante cerimônia de transmissão de cargo, que “cada centavo” economizado pela pasta ao longo de sua gestão irá para a assistência da população.
Médico e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Mandetta estava no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. Ele tomou posse oficialmente como ministro em cerimônia realizada logo após o novo presidente da República ser empossado. Nesta quarta, o seu antecessor na pasta, Gilberto Occhi, transmitiu o cargo a ele.
Entre as autoridades presentes à cerimônia estavam os ministros Osmar Terra (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), além do novo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e parlamentares.
Em seu discurso, o novo ministro declarou que sua gestão será pautada pela redução de gastos. “Cada centavo economizado por esse ministério tem que ir para objeto fim, que é a assistência. Não dá para gastar dinheiro sem saber”, afirmou.
Ele ponderou que a pasta possui um orçamento “muito grande” e que “é muito fácil esquecer que R$ 1 mil é muito dinheiro”. “É muito dinheiro”, ressaltou Mandetta.
O ministro também disse que pretende focar na saúde básica no país e revisar a questão da saúde indígena. “Estamos com indicadores de saúde muito aquém do minimamente do que é gasto com saúde indígena”, afirmou.
Mandetta anunciou ainda a criação da Secretaria de Atenção à Saúde Básica, separando esse setor dos procedimentos de média e alta complexidade hospitalar. Hoje, as áreas estão reunidas sob a alçada de uma única secretaria .
Mandetta quer criar ainda um terceiro turno nas unidades de saúde, ampliando o horário de atendimento, mas não detalhou prazos ou metas.
Defendeu ainda a melhoria na gestão das informações do setor de saúde no país, especialmente com a informatização. “Quem não tem informação não pode gerir”, afirmou. Na avaliação do novo ministro, é como se fosse um “voo no escuro”.
Ele acrescentou que também que deseja”um sistema privado forte” e “solidário”, mas “com menos queixas” e melhor prestação de serviço aos idosos. “Não há volta, mas há muito espaço para a melhoria”, afirmou.