antes-visualizacao-noticia

Caso Brenda: PM preso integra grupo de extermínio e forneceu armas usadas no crime, diz delegado

Armas apreendidas pelos policiais civis durante operação Jus Puniendi - Foto: PCRN / Reprodução
Armas apreendidas pelos policiais civis durante operação Jus Puniendi - Foto: PCRN / Reprodução

Um policial militar está entre os alvos da Operação Jus Puniendi, deflagrada nesta terça-feira (30) contra suspeitos de envolvimento na morte da advogada Brenda Oliveira, de 26 anos, e de um cliente dela, Janielson Nunes de Lima, de 25 anos, em janeiro deste ano.

De acordo com a Polícia Civil, ao todo foram oito pessoas presas. Além disso, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão. As buscas e as prisões foram realizadas em três municípios: São José de Mipibu, Espírito Santo e Goianinha.

Brenda e Janielson foram mortos a tiros dentro do carro da advogada, no dia 30 de janeiro, logo após deixarem a delegacia do município de Santo Antônio. O crime aconteceu em plena luz do dia a aproximadamente 600 metros da delegacia.

Delegado Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) – Foto: PCRN / Reprodução

Em entrevista coletiva, os investigadores informaram que o policial preso integra um grupo de extermínio. A polícia aponta que ele foi responsável pelo fornecimento das armas usadas no crime.

O delegado Márcio Lemos, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o crime foi motivado por vingança e articulado por familiares e vaqueiros amigos de João Victor Bento da Costa, de 19 anos, assassinado a tiros no dia 28 de janeiro, durante uma vaquejada no Parque Maria Salete, em Santo Antônio. Janielson Nunes de Lima era o principal suspeito pela morte.

Veja vídeo das armas apreendidas:

“Nossa preocupação é que há um grupo de extermínio e as estatísticas apontam que atua naquela região ali, em rivalidade a uma facção local. Hoje conseguimos comprovar um vasto material, apreender mais de 20 armas longas fornecidas por esse agente de segurança pública”, complementou.

O delegado afirma que, ao saber da condução do suspeito à delegacia, os autores do crime se articularam e saíram de suas cidades – principalmente de São José de Mipibu – para irem até Santo Antônio. Eles passaram o dia à espera de uma oportunidade para matar Janielson.

“O grupo já estava articulado há muito tempo, fazendo várias mortes lá, já tinham fornecedor de armamento, já tinham os executores, então foi fácil se articularem para esse crime”, diz o delegado.

fim-visualizacao-noticia