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Correios não negociam e aguardam decisão da justiça sobre greve

Os Correios continuam em greve. Depois de várias tentativas frustradas de conciliação, os dirigentes da empresa pública anunciaram, em nota divulgada na Agência Brasil na terça-feira (15), que estão aguardando a decisão judicial sobre a greve para normalizar as atividades operacionais.

No comunicado, a empresa destacou que conversa com os trabalhadores desde julho. No entanto, reconhece que “não há margem para propostas incompatíveis com a situação econômica atual da instituição e do país, o que exclui de qualquer negociação a possibilidade de conceder reajustes”.

A situação atual

Apesar de ter parte do contingente funcional paralisado desde o dia 17 de agosto, os Correios registraram, nas últimas quatro semanas, mais de 187 milhões de cartas e encomendas entregues em todo o país. O julgamento da ação de dissídio coletivo instaurado em agosto acontece na próxima segunda-feira (21).

Conforme a direção da empresa, os termos demandados pelos funcionários (continuação do acordo coletivo de 2019), colocam em risco a economia que vinha sendo aplicada. Os Correios acumulam um prejuízo de R$ 2,4 bilhões e planejavam economizar R$ 800 milhões/ano, o que zeraria o déficit em três anos.

As alegações

Embora lamente o contexto da pandemia, a empresa pública reconhece que a explosão do e-commerce, por depender do serviço de transporte e logística para a entrega de mercadorias, seria uma forma de “alavancar o negócio em um dos poucos setores com capacidade para crescer neste período”.

Em seu site, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) acusa a direção dos Correios de intransigência e reafirma que os trabalhadores decidiram entrar em greve para protestar contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção dos benefícios trabalhistas, além de reajustes salariais.

Fonte: Tecmundo

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