
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (19) o que chamou de “irresponsabilidade” de governos que antecederam o dele na questão da segurança hídrica.
Durante a inauguração da Barragem de Oiticica, em Jucurutu, no Seridó do Rio Grande do Norte, o presidente exaltou a finalização da obra e destacou investimentos de suas gestões na transposição do Rio São Francisco.
“A seca é um fenômeno da natureza, ela é uma coisa feita por Deus. Acontece que a gente ver pessoas ou animais morrerem por conta da seca já não é mais de Deus, é por conta da irresponsabilidade das pessoas que governaram esse país durante tantos e tantos anos. Porque tem solução”, disse o presidente.
Ainda no discurso, Lula enfatizou que a transposição do São Francisco foi idealizada ainda no período imperial, no século 19.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (19) o que chamou de “irresponsabilidade” de governos que antecederam o dele na questão da segurança hídrica. pic.twitter.com/SKpqe13voW
— 98 FM Natal (@98FMNatal) March 19, 2025
“Eu, quando fui eleito presidente da República, em 2003, tinha na cabeça que eu ia provar que a gente poderia fazer aquilo que Dom Pedro, imperador do Brasil, tentou fazer desde 1846 e não conseguiu. Eu resolvi que era possível que a gente trouxesse a água do Rio São Francisco para salvar do sofrimento 12 milhões de nordestinos que moram no semiárido deste país”, afirmou Lula.
Em outro momento, ele direcionou crítica aos governos anteriores. “Este país só não se preocupava com a seca porque esse país nunca tinha eleito um presidente da República que tinha tomado água de um barreiro, de um açude, com cocô de animais, com caramujo. Só quem vive nessa situação é que sabe a importância da água para o Nordeste brasileiro”, enfatizou o petista.
Apesar de idealizado desde o período imperial, o projeto de transposição só começou a sair do papel em 2013, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). O projeto da transposição começou antes, durante o segundo mandato de Lula, em 2007.