O Governo do Rio Grande do Norte anunciou nesta terça-feira (28) que a implantação do reajuste salarial para servidores públicos da saúde e segurança começará em fevereiro. Trata-se de um adiamento de um mês, já que a promessa era que os aumentos começassem a ser pagos já na folha de janeiro – que será depositada até sexta-feira (31).
Na segunda-feira (27), em reunião com representantes de servidores, o governo havia dito que só teria condições de iniciar os pagamentos no dia 10 de maio, em uma folha suplementar à de abril. Diante da repercussão negativa, outra reunião aconteceu nesta terça e o novo prazo foi divulgado.
“Acho que o diálogo foi bom. Apresentamos uma nova proposta de implantação já agora em fevereiro das recomposições, tanto da Saúde quanto da Segurança. Todos sabem das dificuldades que o Governo vem passando desde a redução da alíquota do ICMS, em 2024, mas é um gesto do Governo de respeito aos servidores”, disse o secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier.
Carlos Eduardo Xavier disse esperar uma resposta positiva das categorias. “Eles ficaram de levar a proposta para as categorias. A gente imagina que haverá um retorno positivo”, afirmou.
Segundo o secretário de Administração, Pedro Lopes, o aumento nos valores repassados pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), anunciado nesta terça-feira pelo Governo Federal, permitirá o pagamento dos valores a partir de fevereiro. A recomposição vai representar um aumento de R$ 19 milhões mensais na folha estadual.
Conforme a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a terceira parcela do Fundo de Participação dos Estados (FPE) de janeiro para o Rio Grande do Norte foi de R$ 255 milhões, representando um aumento de 9%. No total, o fundo acumulou R$ 564 milhões ao longo do mês.
Em 2024, a arrecadação do Governo Federal fechou o ano em R$ 2,709 trilhões (valor corrigido). É o maior valor registrado na série histórica, iniciada em 1995. O valor representa um crescimento de 9,62% em relação a 2023, corrigido pela inflação, e supera as marcas desde o início da série histórica.
O FPE, repassado aos estados, é composto por uma parcela do que é arrecadado pelo Governo Federal com Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Demais categorias
Para as demais categorias do Estado, a recomposição passa a vigorar a partir de abril, quando entra em vigor o reajuste da alíquota modal do ICMS de 18% para 20%.
Segundo o secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, a entrada de novos recursos vai permitir o avanço no pagamento do compromisso, que é vinculado à revisão pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Ele explicou que o pagamento retroativo referente ao mês de janeiro será discutido com as duas categorias no mês de junho.