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Instituto que deu vantagem a Fátima e Carlos Eduardo pertence a dirigente do PT, que diz: “Não sou irresponsável”

Dirigente do PT de Itaú, Antônio Leonildes, é dono do Instituto Sensatus - Foto: Reprodução

O Instituto Sensatus Pesquisa e Consultoria, que divulgou nesta quinta-feira (2) uma pesquisa com números atualizados da corrida eleitoral no Rio Grande do Norte, pertence a um dirigente do PT e outros dois sócios. A pesquisa deu vantagem à governadora Fátima Bezerra (PT), pré-candidata à reeleição, e a Carlos Eduardo Alves (PDT) na corrida para o Senado.

De acordo com o cadastro da empresa na Receita Federal, um dos donos do instituto é Antonio Leonildes de Oliveira, professor da rede estadual de ensino e presidente do diretório municipal do PT em Itaú, município da região Oeste Potiguar.

Além disso, o endereço apresentado pelo instituto é o mesmo apontado por Leonildes na prestação de contas do partido como sendo a sede do PT em Itaú – rua Joaquim André, número 41, no centro da cidade.

Procurado pelo PORTAL DA 98 FM, Leonildes confirmou a informação e a ligação com a empresa, mas disse que está afastado das atividades do instituto. Ele disse que a realização das pesquisas está a cargo de um outro sócio.

No registro da Receita, aparecem também como donos: Edson Alves de Lima Júnior e Tassia Daniely Morais de Souza Oliveira.

Segundo Leonildes, o Instituto Sensatus funciona desde 2000 e, até 2016, só realizava pesquisas para consumo interno do PT. Naquele ano, o instituto começou a realizar pesquisas eleitorais amplas em vários municípios.

O dono do instituto defende a credibilidade da empresa, afirmando que, em outras pesquisas realizadas, o instituto apontou vantagem para adversários do PT, como na eleição de 2020 em Mossoró – quando as pesquisas da Sensatus davam Allyson Bezerra (Solidariedade) e Rosalba Ciarlini (PP) na liderança. A candidata do PT na ocasião, Isolda Dantas (PT), aparecia em 3º lugar.

“A gente trabalha com muita isenção. Eu não sou irresponsável. O instituto foi fundado no ano 2000 e até 2016 a gente só fazia pesquisa para consumo interno. Eu já tinha vinculação com o partido desde aquela época. Não preciso negar. E, se eu fosse mudar para o nome de qualquer outra pessoa, de toda forma iria ficar a relação com a minha pessoa”, afirma o dirigente.

Ele complementa: “O instituto tem total isenção. Tenho minhas vinculações políticas, mas fomos questionados diversas vezes e a gente sempre mostrou com documentos que temos total isenção”.

A TV Band Natal, que contratou a pesquisa, foi procurada, mas ainda não comentou.

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